AMY LES: “Todo o tipo de arte deve conter uma mensagem; caso o contrário o seu efeito será nulo.”

Amy Les nasceu em São Tomé, na pequena vila de Madalena, mas emigrou cedo para Portugal, o país que se tornou a sua segunda casa desde 1997. E é neste país, que vinte anos depois, tenta vingar no mundo artístico.

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AMY-LES

Amy Les nasceu em São Tomé, na pequena vila de Madalena

O jovem são-tomense   conta que está ligado às áreas de música, representação e produção audiovisual. “O género musical que faço atualmente é Kizomba/Guetto Zouk porque além de estar na moda, é o que mais me identifico. Tenho dois singles no mercado e estou a preparar mais dois”, afirma Amy. “Tive bons mestres na música como o Joca Spínola (do grupo Tulipas Negras) ou o Dedas Fernandes(do grupo Abel Djassy), e depois fui bebendo de músicos como o R Kelly, T.Q., K-Ci & JoJo e outros: todos estes artistas contribuíram para que eu enveredasse por estes caminhos.”

O artista manifesta também ter uma opinião formada acerca da música são-tomense: “Relativamente á nossa música, aprecio imenso e devo ressalvar que os nossos artistas já deram provas do quão bons são mas é preciso também lembrar á nossa geração de que não podemos nos deixar ficar á sombra da bananeira em nome do sucesso de artistas como os África Negra, Juka, ou Camilo Domingos. Devemos inspirar-nos nas vanguardas de modo a poder elevar o bom nome da nossa música. Considero extremamente urgente a valorização do produto feito em STP caso contrário seremos apenas meros espectadores e não protagonistas.

Amy LES  já deu também os primeiros passos no mundo da representação, participando em novelas portuguesas como “Morangos com Açúcar”, “Coração Malandro”, entre outras. Para além disso, começou a realizar curta-metragens focadas em histórias do quotidiano. “Sabemos que estas histórias existem mas simplesmente preferimos virar a cara para outro lado em negação… então decidi debruçar-me sobre estes temas que de certa forma constituem as partes emotivas da nossa sociedade, arranjando as personagens, dando-lhes vida e uma mensagem, sobretudo. Para mim, todo o tipo de arte deve conter uma mensagem; caso o contrário o seu efeito será nulo. O grande objetivo dos meus trabalhos é o de despertar mentes sem ser sensacionalista.

Apesar da determinação do jovem, o caminho não é fácil: “Conto com o apoio dos meus colegas do curso para me ajudar a realizar estes projetos audiovisuais, seja para melhorar o guião, a gravação, a edição… Apesar deste apoio infelizmente não disponho de qualquer apoio de natureza financeira o que por vezes me limita bastante em conseguir transmitir a minha mensagem da melhor maneira.”

Contra estas adversidades, Amy Les promete não desistir da carreira artística, ao mesmo tempo que concilia a mesma com o curso de Design de Comunicação e Produção Audiovisual, que frequenta atualmente na Escola Superior de Artes Aplicadas, em Castelo Branco.

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