Primeiro ministro: a revisão da Lei Eleitoral “é um compromisso de Legislatura”

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Rádio Somos Todos Primos

Photo Credit: Solange Salvaterra Pinto

O Primeiro-Ministro, Jorge Bom Jesus reuniu-se no último sábado, 30 de Agosto em Lisboa, com representantes de associações socioprofissionais e dezenas de individualidades são-tomenses residente em Portugal. O primeiro encontro de Jorge Bom Jesus com a diáspora aconteceu a margem de uma escala técnica que o chefe do Governo efetuou em Lisboa no regresso da sua participação na Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento Africano (Ticad).

Durante o exercício de pouco mais de duas horas realizado na UCLLA, Jorge Bom Jesus aproveitou para apresentar e explicar a comunidade são-tomense os contornos de várias medidas que têm sido tomadas pelo seu Governo e também responder algumas questões colocadas em primeira mão por vários quadros de São Tomé e Príncipe que por motivos diversos estão a residir em Portugal.

Dentre os assuntos mais abordados no encontro, destacam-se as questões relativas ao sector da saúde, energia, economia, juventude, desporto, proteção social, desenvolvimento económico, estabilidade política e a reconciliação, unidade nacional, entre outros.

No final do exercício o Primeiro Ministro afirmou que “o balanço é altamente positivo e gratificante”  e considerou que “é uma oportunidade que eu tenho enquanto Governante para sentir esse calor da diáspora e ter trazido também um bocado de São Tomé e Príncipe para aqui”.

São Tomé e Príncipe continua a apresentar um clima de divisão e crispação politica e social.  No final da auscultação da diáspora Jorge Bom Jesus mostrou-se convicto de que “queremos o melhor para São Tomé e Príncipe”. Segundo o Chefe do Governo “ninguém consegue resolver o problema de São Tomé e Príncipe sozinho” pelo que defende a mobilização das sinergias acreditando que “todos têm que contar neste processo de resolução dos muitos problemas do país”.

A diáspora são-tomense tem reclamado há vários anos o direito de participar nas eleições legislativas e poder eleger os seus representantes para a Assembleia Nacional.  Jorge Bom Jesus deu garantia de que a Lei Eleitoral será revista durante a presente legislatura. “Este é um compromisso de Legislatura”, afirmou acrescentando que “é um compromisso que o meu partido assumiu e está no programa deste Governo e tudo vai ser feito com a cumplicidade e colaboração da Assembleia Nacional para que a diáspora, de facto, tenha esse papel mais interventivo, mais direto na condução da política são-tomense e no destino de São Tomé e Príncipe.”

Relativamente a inclusão da Juventude e de elementos de outros partidos no Governo e na Administração Pública o Chefe do Governo referiu que “nesta primeira fase nós saímos dum momento de muita crispação política, de muito ódio cristalizado ao longo dos últimos quatro anos e possivelmente, tendo em conta o contexto e a conjuntura, não terei conseguido na altura fazer a mudança que eu gostaria de fazer, incluindo todos os são-tomenses, mas isso é um processo. Eu tenho quatro anos para o fazer, portanto nós vamos envolvendo pouco a pouco”.

“No meu comboio todos os são-tomenses têm que entrar e têm lugar para assento de cidadania” finalizou o Primeiro Ministro Jorge Bom Jesus na curta entrevista concedida a RSTP no final do Primeiro encontro que realizou com representantes da comunidade são-tomense residente em Portugal.

Alguns dos presentes no encontro consideraram que “nós temos muitas coisas para falar e o tempo foi muito pouco” tendo considerado que “foi bom nós termos este primeiro encontro e o interessante que este encontro continue e mais importante ainda é criar um canal de comunicação entre a comunidade e São Tomé e Príncipe porque a diáspora tem muito para dar e tem muito que quer saber”.

 “Penso que o Governo ainda é muito jovenzinho. Precisamos dar algum tempo para perceber o quê que é implementado e poder ver o resultado que é colhido.” O novo embaixador de São Tomé e Príncipe em Portugal, que deverá ser acreditado nos próximos tempos pelo presidente Português, deixou a garantia de que serão realizados vários outros encontros com a diáspora para abordas várias outras temáticas relevantes para São Tomé e Príncipe.

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