Aumento de propina no Instituto Politécnico de Guarda está a causar desistência de Estudantes São-tomenses

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Instituto Politécnico

“Precisamos dos senhores Presidentes das Câmaras de Água Grande e Mé-Zóchi, mesmo até o Senhor Primeiro-Ministro, para ajudar-nos perante esta situação”

Os estudantes são-tomenses no Instituto politécnico de Guarda (IPG) estão descontentes com a nova administração da instituição e acusam o seu novo presidente, Joaquim Manuel Fernandes Brigas de violar o protocolo estabelecido com as Autarquias de São Tomé e Príncipe que define o valor das propinas.

Numa mensagem enviada à redação da RSTP um jovem estudante são-tomense no IPG, que assume estar a falar em nome dos seus colegas, revelou que “estamos muito angustiados com a maneira que estamos aqui”.

O jovem conta que vieram de São Tomé e Príncipe ao abrigo de um protocolo entre o IPG e algumas Câmaras Distritais de São Tomé e Príncipe que definia a propina no valor de  65.65 euros mensais, cerca de 665.65 euros por ano letivo.

A fonte que preferiu não ser identificada, afirma que neste ano letivo [2019/2020] “a escola [IPG] violou o protocolo e aumentou a nossa propina para 90 euros mensais <cerca de 900 euros por ano letivo>, sem ao menos dar-nos satisfação e exige-nos a pagar esse valor”.  Segundo a fonte, mesmo os estudantes que haviam pago prestações adiantadas com o valor de 65.65 euros, estão sendo chamados para pagar os que faltam para chegar aos 90 euros.

Além do valor da propina os estudantes dizem que “pagamos casa 80, 90, 100 euros por quarto partilhado e 120 euros por quarto individual”.

Salário no nosso país são 40 euros. Mal os nossos pais conseguiam pagar 65.65 euros, que era nossa propina de acordo ao protocolo violado pela escola, agora temos que pagar 90 euros que é inadmissível, mais a casa, temos que comer, bem ou mal temos que vestir, estamos muito mal.”

Perante a situação a fonte avança que “mais de 50 alunos já desistiram e os números têm aumentado a cada dia por falta de meios para continuar os seus estudos.”

O estudante são-tomense afirma que “o IPG, através do seu atual Presidente Joaquim Manuel Fernandes Brigas, tem maltratado muito os alunos Santomenses”. O estudante afirma que têm tentado por vários meios contactar o presidente do IPG “mas ele diz que não precisa de nós. Ele sabe que queremos mostrar o nosso descontentamento perante este aumento de propinas”.

Sem conseguirem dialogar com a Administração do IPG os estudantes são-tomenses também tentaram recorrer às autoridades de São Tomé e Príncipe, mas até agora não conseguiram qualquer apoio.

A Câmara nunca nos ajudou. Eu particularmente já mandei mensagem para entidades lá da Câmara, mas nunca tive respostas. Já mandei mensagem para facebook de alguns jornalistas, no caso de José Bouças mas nunca tive resposta. Já cheguei a mandar mensagem diretamente para o facebook do nosso primeiro-ministro, mas nunca tive respostas. Nunca nos ajudou em nada.”

Perante tantos silêncios os estudantes são-tomenses lançam o último socorro através da RSTP. “Precisamos dos senhores Presidentes das Câmaras de Água Grande e Mé-Zóchi, mesmo até o Senhor Primeiro-Ministro, para ajudar-nos perante esta situação”.

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