Abuso Sexual: Números crescem e PM renova “tolerância zero” contra os abusadores

O objetivo é de relançar o debate sobre o abuso sexual de menores, “o mal social” que vem “comprometendo o futuro promissor de crianças e adolescentes” em São Tomé e Príncipe.

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Abuso Sexual

Jorge Bom Jesus - Primeiro Ministro

Há um ano, Jorge Bom Jesus já havia declarado “mão dura e tolerância zero para o abuso sexual de menores”. Foi igualmente durante a abertura do mês da justiça que coincidiu com a abertura do ano judicial do ano 2020. Um ano depois o Primeiro-ministro repetiu a frase: “tolerância zero”, mas os abusadores continuam em ação. Foram 621 casos em 2020.

Reportagem de Josimar Afonso

Tolerância zero para os prevaricadores e sua teia de conivência” declarou Jorge Bom Jesus, esta segunda-feira, 01 de março, durante a cerimónia de abertura do mês da justiça que este ano decorre sob o lema “proteja quem precisa de si”. O objetivo é de relançar o debate sobre o abuso sexual de menores, “o mal social” que vem “comprometendo o futuro promissor de crianças e adolescentes” em São Tomé e Príncipe.

O Primeiro-ministro considerou que “não se pode tolerar o intolerável” e pediu um “basta” como “grito de revolta perante tamanha violência contra uma infância saudável” das crianças do país.

Duarante o seu discurso Jorge Bom Jesus realçou que “este Governo abraçou a reforma da justiça em curso como prioridade” e vai “reformar Tribunais, Polícia Judiciária, Polícia Nacional, Penitenciaria, Registos Centrais e instituições afins“, para promover “ruptura com as práticas, atitudes e comportamentos tradicionais e marcar um novo tempo histórico na justiça são-tomense“.

Jorge Bom Jesus disse que quer “refundar um sistema judicial universal, cego, eficiente, acessível, célere e mais justo“. Para isso, tal como no seu discurso de 2020, o Primeiro-ministro renovou a aposta nos recursos humanos. “Não regatearemos esforços para garantir recursos humanos formados integralmente, recussos financeiros e materiais para o alcance do desiderato da modernização e melhoria qualitativa do sector [da justiça]”.

As carências da justiça fragilizam a governação e enfraquecem a imagem e outros pilares do Estado são-tomense“, disse o Primeiro-ministro que prometeu trabalhar “para que São Tomé e Príncipe seja um espaço livre de abuso sexual de menores“.

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