Covid-19: Prevê-se a vacinação de 70% dos santomenses até 2022

A previsão é do plano nacional de vacinação, mas a meta está condicionada a capacidade de mobilização de mais vacinas por parte do governo e da abertura à vacina por parte da população.

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Em São Tomé e Príncipe, o processo de vacinação contra a Covid-19 arranca na próxima segunda-feira, dia 15 de Março, e o governo prevê vacinar 70% da população até Março de 2022.

Esta é a previsão do plano nacional de vacinação contra a Covid-19 apresentado ontem pelo governo aos parceiros internacionais. O plano abrange cidadãos a partir dos 18 anos e terá quatro fases sendo que e a primeira abrangerá os profissionais da saúde, onde até agora há registo de 114 profissionais infectados com a doença.

“Na primeira fase estão grupos prioritários como os profissionais da saúde, assistentes sociais e pessoas idosas em instituições. Estas pessoas vão ser vacinadas através de estratégias fixas ou vai se montar pontos de vacinação a nível de cada instituição”, explicou Solange Barros, coordenadora do plano nacional de vacinação.

Através da Covax, São Tomé e Príncipe receberá 96 mil doses de vacinas da AstraZeneca que deverá abranger 20% da população na primeira e segunda fase. “A primeira fase pretendemos vacinar 2,9 % da população, a segunda fase 17,1 %, a terceira fase 29,7% e a quarta fase 20,5%. Tanto a primeira como a segunda fase estão incluídos nos 20% das vacinas que vão ser distribuídas pelo mecanismo da Covax. Já temos 5% destas vacinas no país”, garantiu a doutora Solange Barros.

A execução do plano na íntegra, depende da mobilização de mais vacinas. Por isso, o governo tem feito contactos com diversos parceiros bilaterais e multilaterais. Segundo o Ministro da Saúde, Edgar Neves, “os parceiros mostraram-se disponíveis em poder apoiar, cada um da sua forma e suas possibilidades, e assim nós conseguiremos cumprir as etapas todas e vacinar toda a população-alvo que está prevista”.

Santomenses querem ser vacinados?

 A aceitação da vacina por parte da população poderá ser um problema para a concretização do plano de vacinação contra a Covid-19 em São Tomé e Príncipe. Indiscretamente, no seio da população, tem havido alguma manifestação de recusa a esta substância, facto que não é novo no seio dos santomenses, quando se trata de introdução de novas vacinas ou medicamentos no país.

Já prevendo esta situação, o Ministro da Saúde considera um fenómeno normal que acontece em outras paragens, por isso “cabe-nos a nós, enquanto agente da saúde, explicar, clarificar e esclarecer toda a população dos riscos e não riscos deste processo de vacinação”. Edgar Neves disse que “pretendemos, no final, é conseguir vacinar o maior número de pessoas dentro do nosso grupo-alvo. As equipas irão fazer os seus trabalhos nos terrenos e junto a Comunicação Social para quebrar este receio em relação a vacina.”

Durante a apresentação do plano nacional de vacinação, o Primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, afirmou que o plano “será escrupulosamente respeitado”.

Embora se dê o arranque da imunização da população, o cumprimento das medidas básicas de prevenção da Covid-19 manterão obrigatórias. Segundo o chefe do governo, “a guarda não pode ser baixada”, por isso, “devemos continuar mobilizados, vigilantes, cumpridores das orientações básicas (…) aquelas que nós conhecemos de cor e salteado, a higienização, o distanciamento e o porte de máscaras. Cada um de nós deve ser um agente da saúde pública”.

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