Albertino Bragança distinguido com o Prémio Guerra Junqueiro da Lusofonia 2021

O escritor disse que a distinção significa um reconhecimento pelo trabalho que faz para levar São Tomé e Príncipe ao mundo.

Notícias -
Rádio Somos Todos Primos

O escritor são-tomense, Albertino Bragança, foi distinguido com o prémio Guerra Junqueiro 2021, uma iniciativa que reconhece os trabalhos de escritores da CPLP.

A notícia da nomeação do escritor de 77 anos de idade, foi divulgada esta quarta feira, 5 de Maio, Dia Mundial da Língua, pela organização do prémio.

Albertino Bragança sublinhou que a sua distinção deve ser motivo de orgulho para São Tomé e Príncipe.

“Sinto-me bem, por mim e por São Tomé e Príncipe, na medida em que constar numa lista dessa tem muito a ver com aquilo que eu escrevi e também com aquilo que me foi proporcionado à escrever. As condições podem não ser as melhores para os artistas e para os escritores em São Tomé e Príncipe, mas seja como for, eles têm espaço onde divulgar as suas ideias, têm um público que não está muito aberto a leitura, mas em todo o caso serve de base para escrita”.

O escritor que é membro fundador e actual Presidente da União Nacional dos Escritores e Artistas São-tomense, UNEAS, declarou que o prémio Guerra Junqueiro é “um reconhecimento de que fiz um trabalho mais ao menos benéfico para a sociedade e para levar ao mundo o meu país”.

Segundo o escritor, ainda este ano, um dos seus trabalhos, foi integrado no sistema de ensino Brasileiro.

“Um dos meus contos, (o conto Solidão), foi admitido como um texto a ser estudado pelas crianças no Brasil. Entrou no sistema educativo do Brasil”, revelou o escritor.

Para ele “isso causa alegria, por sermos um país pequeno e devemos aproveitar todos os espaços que nos permitem levar para outros países aquilo que passa na nossa terra.”

“Saber que num espaço imenso como é o Brasil, as minhas personagens circulam e calcorreiam a mente das crianças brasileiras é um facto que não deixa de merecer muita satisfação.”

Com esta distinção, Albertino Bragança junta-se á Olinda Beja, que recebeu o prémio no ano passado, como os primeiros escritores são-tomenses a serem galardoados com o Prémio Guerra Junqueiro.

O Prémio Literário Guerra Junqueiro foi instituido em 2018 e era destinado apenas ao escritores portugues. Em 2020 foi alargado à Lusofonia como “um importante contributo para um movimento criador de uma união cultural lusófona e responsável”, disse a curadora, Avelina Ferraz.

Além de Albertino Bragança, a organização do Freixo Festival Internacional de Literatura( FFIL), promotora do prémio, datribui ainda o Prémio Literário Guerra Junqueiro Lusofonia 2021: Vera Duarte Pina (Cabo Verde), Abraão Bezerra Batista (Brasil), Abdulai Sila (Guiné-Bissau), Luís Carlos Patraquim (Moçambique), Agustín Nze Nfumu (Guiné Equatorial), João Tala (Angola) e Xanana Gusmão (Timor-Leste).

Comentar
 

Comentários

ATENÇÃO: ESTE É UM ESPAÇO PÚBLICO E MODERADO. Não forneça os seus dados pessoais nem utilize linguagem imprópria.

Últimas

Topo