Governo diz que não tem verba para realizar eleições Presidenciais e pede ajuda a parceiros

São cerca de dois milhões de dólares que o governo necessita para garantir a realização da primeira e segunda volta das eleições Presidenciais. A Covid-19 complicou as contas do governo que enfrenta inúmeras dificuldades financeiras que recorre a ajuda de parceiros para realizar as eleições de 18 de julho.

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Rádio Somos Todos Primos

O Governo reuniu, esta sexta-feira, com os parceiros bilaterais e multilaterais para solicitar apoio dos mesmos para o financiamento das eleições Presidenciais de 18 de Julho.

Segundo o Ministro da Defesa “o governo fez um esforço financeiro enorme” para garantir cerca de novecentos mil euros para o processo de recenseamento eleitoral que decorre no país e na diáspora, mas precisa ainda de um milhão e oitenta mil euros para garantir a primeira volta e uma possível segunda volta das eleições.

Segundo o Ministro da Defesa e Ordem Interna, Óscar de Sousa, que representou a Ministra dos Negócios Estrangeiros neste encontro, devido a Covid 19, o governo está com grandes constrangimentos financeiros para realizar estas eleições Presidenciais.

“São Tomé e Príncipe, apesar da debilidade da sua economia, o governo, com apoio dos parceiros, tem garantido a realização de actos eleitorais, como forma de aprofundamento da sua democracia. No entanto, a actual conjuntura pós Covid-19 gerou grandes constrangimentos económicos e financeiros para garantir a realização desse escrutínio eleitoral”, afirmou o ministro.

O Ministro avançou que o Governo está a depara-se com “indisponibilidade de meios financeiros e materiais para concretização deste acto” previsto para 18 de julho.

O Governo não tem meios, mas quer avançar com a realização das próximas eleições Presidenciais para evitar perturbações políticas e instabilidades e manter a tradição democrática do país no toca a realização regular de eleições.

“A não realização deste acto eleitoral preocupa, sobremaneira o governo, pois poderá provocar perturbações políticas e instabilidade social, o que gostaríamos de evitar a todo custo. Neste contexto, o governo decidiu pela realização deste importante encontro para solicitar a vossa solidariedade para com São Tomé e Príncipe, conforme o orçamento já partilhado”, esclareceu Óscar de Sousa.

Presente no encontro, o Embaixador da Guiné Equatorial e decano dos embaixadores, Paulino Bololo mostrou-se também preocupado com a situação e afirmou que os representantes diplomáticos vão fazer chegar a solicitação de apoio de São Tomé aos respectivos governos.

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