Presidente da República diz que aguarda remodelação do Governo “o mais breve possível”

“Eu aguardo, de facto, que da parte do senhor primeiro-ministro seja formalizada essa proposta para nós então darmos o nosso contributo e fecharmos esse dossiê”, disse o Presidente da República

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Carlos Vila Nova

O Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova, disse hoje que a remodelação governamental anunciada pelo primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, há mais de dois meses tem criado expectativas a nível nacional e internacional, e aguarda a sua efetivação “o mais breve possível”.

“Eu converso com bastante frequência com o senhor primeiro-ministro […] É uma das questões que temos falado e eu aguardo, de facto, que da parte do senhor primeiro-ministro seja formalizada essa proposta para nós então darmos o nosso contributo e fecharmos esse dossiê”, explicou o Presidente da República, no dia em que conferiu posse ao antigo embaixador são-tomense em Portugal, Luís Veiga, como seu assessor para assuntos diplomáticos.

Passados mais de dois meses após o anúncio da remodelação governamental pelo próprio primeiro-ministro, o chefe de Estado referiu que isso tem criado “alguma expectativa ao nível nacional”, aguardando “que esse processo também fique concluído”.

O Presidente da República, que regressou ao país na semana passada, depois de ter participado na cimeira das Nações Unidas sobre as alterações climáticas (COP26), acrescentou que a conclusão do processo vai trazer confiança aos parceiros do país.

“Reconheço também que ao nível internacional há igualmente muita expectativa pela confiança que isso transmite aos nossos parceiros, mas acredito que seja um processo que, a qualquer momento possa estar concluído, e convinha que de facto acontecesse o mais breve possível”, disse o chefe de Estado.

Carlos Vila Nova referiu que, na qualidade de Presidente da República, vai continuar a aguardar a proposta do primeiro-ministro para também dar o seu “contributo para que seja, de facto, algo que venha servir ainda melhor e trazer mais confiança aos são-tomenses,” e todos os que residem no país, bem como aos “parceiros e a comunidade internacional”.

A questão da remodelação do Governo vem desde a divulgação dos resultados das eleições presidenciais, em setembro, que ditaram a derrota do candidato apoiado pelo Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD), de que é presidente, o primeiro-ministro.

“O Governo tem mais sensivelmente um ano de governação. Eu tenho que tirar ilações dos resultados. Precisamos de imprimir uma nova dinâmica na governação, ajustá-la para esta reta final, com maior dinamismo”, disse Jorge Bom Jesus, em entrevista à agência Lusa, referindo que a “remodelação governamental” deveria acontecer após a posse do Presidente da República, que teve lugar em 3 de outubro.

Antes mesmo o Governo já estava reduzido, após a exoneração do ministro da Defesa e Ordem Interna, em 16 de agosto, por questões de saúde e sob a acusação da oposição de ter orquestrado um golpe de estado. A pasta é ocupada até ao momento interinamente pelo primeiro-ministro.

Seguiu-se o pedido de demissão, em finais de setembro, do então ministro das Finanças e Economia Azul, Osvaldo Vaz, substituído por Engrácio Graça, a quem Carlos Vila Nova deu posse, em 19 de outubro, sob proposta do chefe do Governo.

Entre as exonerações e nomeação, Jorge Bom Jesus reafirmou por diversas vezes que “a remodelação do Governo vai acontecer”, sem nunca ter indicado uma data.

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