Covid-19: Governo flexibiliza medidas e autoriza abertura de discotecas e “fundões”

O Conselho de Ministros registou “a confirmação da tendência de redução do número de casos positivos de covid-19 nas últimas duas semanas e o aumento considerável da taxa de vacinação no país”.

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O Governo são-tomense vai flexibilizar as medidas de restrição contra a covid-19 com a declaração de situação de contingência entre 11 e 28 de fevereiro, que inclui a permissão de realização de festas públicas e discotecas.

O comunicado do Governo refere que na sessão do Conselho de Ministros realizada na terça-feira foi feita a avaliação da situação epidemiológica no país, “com a confirmação da tendência de redução do número de casos positivos de covid-19 nas últimas duas semanas e o aumento considerável da taxa de vacinação no país”.

“Embora esses dados sejam encorajadores, o Governo entende que ainda impera a necessidade de manutenção de algumas medidas restritivas, mesmo com o relaxamento de outras, de forma preventiva, com o intuito de evitar o surgimento de nova vaga da doença no país e garantir a consolidação da situação atual nos próximos tempos, tendo sempre como o pano de fundo a necessidade de garantir algum equilíbrio entre as medidas sanitárias e a criação de condições básicas para a necessária retoma económica”, lê-se no comunicado distribuído hoje a imprensa.

Durante a vigência da situação de contingência continuarão em vigor as principais “medidas gerais sanitárias”, nomeadamente a obrigação de uso de máscaras em lugares fechados, a obrigatoriedade de lavagem das mãos e a apresentação de comprovativo de vacinação completa ou teste de antigénio negativo para frequentar eventos em espaços fechados.

Contudo, o Governo vai permitir o “funcionamento das discotecas” e “realização de festivais musicais e de festas públicas com a ocupação máxima de 50% de lotação dos espaços e obrigatoriedade de apresentação do certificado de vacinação completa ou teste de antigénio negativo para os artistas, funcionários e clientes”.

Nos casos de viagens internacionais o Governo baixou a exigência, passando impondo a “obrigatoriedade de apresentação de teste de antigénio negativo na chegada ao aeroporto internacional de São Tomé e Príncipe, realizado até 48 horas antes da data da viagem, para todos os viajantes, com mais de 12 anos de idade e que sejam portadores do certificado de vacinação completa.”

Para os cidadãos que não estejam ainda vacinados será obrigatório a “apresentação do teste de PCR negativo, realizado até 72 horas antes da data de viagem”.

O executivo esclarece que nas viagens de partida a partir de São Tomé “aplica-se o regulamento sanitário definido pelos países de destino”.

O comunicado do Governo conclui com “um veemente apelo para que toda a população elegível, a partir dos 12 anos, exerça a sua cidadania ativa e se vacine contra a covid-19”.

O arquipélago de São Tomé e Príncipe registou na última semana 27 casos novas infeções pelo novo coronavírus num total de 935 testes realizados, e dois óbitos.

Na semana anterior tinham sido realizados 930 testes, dos quais 53 foram positivos.

Segundo o Boletim Diário divulgado hoje pelo Ministério da Saúde, o arquipélago registou uma infeção pelo SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas, na ilha de São Tomé.

O arquipélago tem 30 pessoas sob vigilância, sendo 29 em isolamento domiciliário – 16 na ilha de São Tomé e 13 na ilha do Príncipe – e um internado na ilha de São Tomé.

No total, desde o início da pandemia, o país regista 5.913 casos de infeção, que resultaram em 71 mortos e 5.812 recuperados.

São Tomé e Príncipe administrou 179.929 doses de vacina – 110.529 pessoas têm a primeira dose, 66.676 têm o esquema vacinal completo e 2.724 receberam a terceira dose.

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