Jovens alfaiates promovem serviço de corte e costura durante a feira de fardo (C/vídeo)

Calças, vestidos, camisas, e outras peças de roupas compradas no fardo, saem muitas vezes prontas à vestir depois de passar pelas mãos hábeis destes jovens alfaiates que fazem os ajustes à medida dos clientes.

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Vários jovens alfaiates de diversas localidades do país decidiram prestar serviço de corte e costura durante a ‘feira de fardo’ que decorre aos finais de semana na capital do país com o objetivo de melhorar as suas finanças, preservar a arte de costura e resolver as necessidades dos clientes que saem das feiras com as roupas ‘prontas a vestir’.

O fardo são roupas muitas vezes usadas importadas em embalagens do exterior e que são vendidas à preços “mais acessíveis”. Esta atividade começou em São Tomé e Príncipe há algumas décadas e rapidamente de espalhou tornando-se num dos maiores negócios praticado maioritariamente por mulheres.

No entanto, nem sempre as roupas são ajustadas à medida dos compradores, pelo que o papel dos alfaiates é de estrema importância.

Adimilson Soares, jovem de 26 anos conta que iniciou a sua trajetoria na alfaiataria desde os 9 anos, considera que a feira de fardo é uma oportunidade de chegar aos clientes com maior facilidade.

“Pessoa compra roupa e leva para casa ‘sem fechar’, procura-se costureiro na zona e não se encontra, então eu disse: porquê parar só na zona e não vir para cidade? Então, eu tive que sair para cidade para ver se ganho mais clientes e mais pessoas”, explicou Soares.

“Eu espero um dia alcançar o meu objetivo [que é] trabalhar numa empresa, não só de costura, como também outro tipo de empresa, e ser alguém daqui para frente”, completou o jovem alfaiate, Adimilson Soares.

Calças, vestidos, camisas, e outras peças de roupas compradas no fardo, saem muitas vezes prontas à vestir depois de passar pelas mãos hábeis destes jovens alfaiates que fazem os ajustes à medida dos clientes.

Edney Carvalho de 18 anos cresceu em meio às máquinas de costura. A fita métrica, linhas e agulhas lhe são familiares

“Com tempo comecei a aprender, e depois fui buscar mais [conhecimentos] na internet” assistindo aulas, e hoje estou aqui ganahando um bocado de dinheiro [para satisfazer as minhas necessidades]”, contou Edney Carvalho, assegurando que optou por feira de fardo aos finais de semana por ter mais movimentações de pessoas, que procuram qualidade e exclusividade.

Por sua vez, o jovem Daniel Fernandes, de 19 anos, também exerce a atividade nesta área, contou que iniciou a sua trajetória ainda menino, por amor a costura, tendo apreendido com o seu irmão, e desde então nunca mais parou.

“Como minha mãe vendia fardo, então eu habituei mais a ‘fechar roupa’, então como fardo fica com mais roupas para fechar, por isso que gosto de vir mais para feira”, Daniel Fernandes.

Este jovens afirmar que a atividade é também uma forma de superar a falta de emprego existente no país, e diminuírem a dependência dos seus encarregados de educação ou optarem pelos maus caminhos.

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