PNUD garante apoio à participação inclusiva de cerca 7 mil deficientes nas eleições em STP

A representante do PNUD sublinhou que o direito ao voto é reconhecido pela constituição são-tomense, bem como nos tratados das Nações Unidas e na Carta africana dos Direitos Humanos e dos Povos, por isso estão “empenhados e a dar muito carinho a este projeto para que estas eleições sejam verdadeiramente inclusiva”

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O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) garantiu apoio para que cerca de 7 mil deficientes, 10% dos eleitores são-tomenses, não sejam excluídos na votação das eleições legislativas, regional e autárquicas de 25 de setembro.

Durante uma formação destinada aos membros de várias organizações de pessoas com deficiência de São Tomé e Príncipe, a representante residente do PNUD, Katarzyna Wawiernia, sublinhou que o número de eleitores com deficiência é “muito significativo”, por isso as Nações Unidas vão apoiar para que “não sejam excluídos do seu direito cívico de votar”.

“Nós no PNUD estamos convosco para que nestas eleições se faça história na promoção da inclusão. Depois desta formação vamos trabalhar convosco para termos o mapeamento da localização dos eleitores com deficiência, vamos convosco criar brigadas de apoio logístico para que esses eleitores possam votar”, assegurou Katarzyna Wawiernia.

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A representante do PNUD sublinhou que o direito ao voto é reconhecido pela constituição são-tomense, bem como nos tratados das Nações Unidas e na Carta africana dos Direitos Humanos e dos Povos, por isso estão “empenhados e a dar muito carinho a este projeto para que estas eleições sejam verdadeiramente inclusiva”.

“Vocês, dirigentes das várias associações, estão a fazer história para o vosso país, para África e para o mundo, porque estas eleições vão ser um exemplo para outros países de como ser inclusivo com portadores de deficiência e como podemos criar estas condições para todos”, disse Katarzyna Wawiernia.

O presidente da Associação dos Deficientes Físicos, Arlindo Chissano agradeceu ao PNUD por ter feito o trabalho “sensacional incluindo pela primeira vez a associação dos deficientes neste processo visando a proteção dos direitos dos seus associados.

Arlindo Chissano disse que o apoio do PNUD vai “evitar as consequências”, nomeadamente de partidos se aproveitarem dos deficientes no dia da eleição oferendo dinheiro e apoios de transporte em troca de voto.

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“Vamos trabalhar no terreno para que eles não tenham necessidade de ir em transporte de nenhum político. Eles vão simplesmente no transporte que as Nações Unidas vão alugar, nós vamos acompanhá-los e voltar a pôr lugar aonde vivem”, explicou Chissano.

O processo de capacitação e mapeamento dos deficientes físicos eleitores de São Tomé e Príncipe está a ser realização no âmbito da parceria entre o PNUD e a Comissão Eleitoral Nacional.

Esta iniciativa será levada a cabo pelo PNUD através dos projectos “Acelerar a Ratificação, Domesticação e Implementação dos Tratados da União Africana” e “Apoio ao Processo Eleitoral”.

Para as eleições legislativas, o Tribunal Constitucional são-tomense admitiu onze candidaturas, sendo dez partidos e uma coligação.

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