Cooperação portuguesa apoia o combate à sinistralidade rodoviária em São Tomé e Príncipe

Segundo o embaixador de Portugal, “de acordo com os dados da Polícia Nacional no ano transato registaram-se quase 30 mortos, mais de 350 feridos graves e cerca de 900 feridos ligeiros”.

Lusofonia -
cooperação portuguesa

Cerca de quinze elementos da Polícia Nacional foram capacitados por especialistas da Guarda Nacional Republicana (GNR), de Portugal, sobre a segurança e combate à sinistralidade rodoviária, que culminou com a entrega de lupas forenses pela cooperação portuguesa visando a detenção de documentos de condução falsos no país.

 “Apesar da situação parecer estar a melhorar no corrente ano, em 2021 as taxas de sinistralidade rodoviária em São Tomé e Príncipe foram preocupantes. Na verdade, de acordo com os dados da Polícia Nacional no ano transato registaram-se quase 30 mortos, mais de 350 feridos graves e cerca de 900 feridos ligeiros. Estes valores fazem com que as taxas mortalidade e de sinistralidade nas estradas de São Tomé e Príncipe em relação a morte por habitantes sejam mais do dobro das correspondentes na União Europeia”, disse o embaixador de Portugal em São Tomé e Príncipe, Rui Carmo.

cooperação portuguesa

A formação teve duração de duas semanas e foi ministrada por dois formadores da GNR de Portugal, tendo sido abordados temas como a gestão dos locais de acidentes, princípios básicos de investigação de acidentes de trânsito, abordagem de viaturas, culminando com a entrega de lupas forenses a algumas das forças e serviço de segurança, nomeadamente o Serviço de Migração e Fronteiras, Instituto Nacional dos Transportes Terrestres e a própria Polícia Nacional.

 Segundo o embaixador de Portugal as lupas forenses visam “melhorar os índices de segurança rodoviária com a remoção progressiva das estradas dos portadores de documento fraudulentos”.

“A segurança rodoviária é um desiderato global, não sendo São Tomé e Príncipe uma exceção […] a fiscalização nas estradas pelas forças de segurança representam uma componente importante do trabalho multidisciplinar”, sublinhou Rui Carmo.

“Nós temos tido muitas solicitações ao nível nacional e não só, através das nossas congéneres portuguesas para nós analisarmos as cartas dos nossos concidadãos no estrangeiro. Essas lupas forenses chegam numa altura certa e irão nos ajudar a detetar muitas cartas e documento duvidosos ou mesmo falsificados”, realçou o comandante da unidade de Trânsito da Polícia Nacional, Taylor Silva

cooperação portuguesa

O comandante-geral da Polícia Nacional, Roldão Boa Morte, agradeceu a parceria e o apoio de Portugal na realização desta formação que visa melhorar os níveis de intervenção dos elementos da Polícia Nacional.

“Mais uma vez contamos com a preciosa colaboração da cooperação portuguesa que de longe tem se mostrado mais do que um parceiro de desenvolvimento, mais parte da família, pois, além de Portugal ser por excelência o parceiro mais antigo de São Tomé e Príncipe na matéria técnico policial, orgulhamos de constatar que nos últimos anos as nossas relações de amizade e de cooperação fortificaram-se muito mais, fruto de dinâmicas e sinergias de ambas parte e temos a convicção que perdurará por longos e bons anos”, disse Roldão Boa Morte.

O comandante-geral da Polícia Nacional apelou aos participantes da formação “a máxima apropriação dos conhecimentos e experiências” da formação “com o intuito de melhorar-se os níveis de intervenção, eficiência e eficácia” dos serviços prestados a sociedade são-tomense e a “elevação da imagem institucional” da Polícia Nacional.

cooperação portuguesa

Em representação do ministro da Justiça, Administração Interna e Direitos Humanos, Eloisa Cabinda destacou a “excelente afirmação de patriotismo e de parceria que tem sido demonstrada entre a cooperação portuguesa através da Embaixada de Portugal e a Polícia Nacional”.

“A ação de formação é sempre bem-vinda e muito importante para que os nossos recursos humanos possam estar devidamente capacitados para responder aos desafios que a cada dia nós vimos encontrando no meio da nossa sociedade e muito mais ainda quando se prende com questões relativas a segurança rodoviária”, salientou Eloisa Cabinda.

Últimas

Topo