Escola Patrice Lumumba com mais de 4 mil alunos sem casas de banho. Professores entram em greve

Segundo a porta-voz dos professores, “alguns alunos com necessidades as vezes têm que abandonar as aulas para ir para casa, outros recorrem à escola Dona Maria de Jesus [situada a poucos metros] que também tem casas de banho em obras, e outros vão ter com os pais nas instituições onde os país trabalham para fazer as suas necessidades fisiológicas”.

Educação -
Rádio Somos Todos Primos

Os professores da escola Patrice Lumumba, em São Tomé, iniciaram hoje uma greve por falta de casas de banho na escola frequentada por mais de quatro mil alunos, docentes e funcionários, condicionando a realização de avaliações na próxima semana.

“Os professores estão em greve, isto porque neste momento a escola Patrice Lumumba não tem nenhuma casa de banho em funcionamento neste momento […] os professores decidiram paralisar porque não há condições para darem as aulas”, explicou o diretor da escola, Kweku de Ceita.

A escola Patrice Lumumba, localizada no centro da cidade de São Tomé, acolhe cerca de 4.300 alunos, do quinto ao sétimo ano. Desde o início do ano letivo nas primeiras semanas de outubro que não há casas de banho em funcionamento.

“Iniciamos as aulas com a inexistência de casas de banho para os alunos, professores e funcionários e tem criado alguns constrangimentos. Como a situação tem-se agravado, nós criamos esta comissão elaborámos uma carta e submetemos ao Ministério”, explica a representante da comissão dos professores, Angélica Costa.

Segundo a professora, “alguns alunos com necessidades as vezes têm que abandonar as aulas para ir para casa, outros recorrem à escola Dona Maria de Jesus [situada a poucos metros] que também tem casas de banho em obras, e outros vão ter com os pais nas instituições onde os pais trabalham para fazer as suas necessidades fisiológicas”.

No entanto, segundo Angélica Costa, alguns alunos usam os “arredores da escola, pátio e alguns recintos da escola” e “isso tem provocado um ambiente desagradável para os professores”.

“As vezes estamos na turma a trabalhar incomodados pelo cheiro, os insetos que aparecem devido isso, e é mesmo desagradável”, lamentou a representante dos professores.

Os docentes prometem manter a paralisação aguardando pela resposta do Ministério da Educação e Ensino Superior”.

“Assim que notarmos que realmente estão a fazer algo para minimizar a situação vamos trabalhar porque o nosso objetivo é trabalhar, mas só que na condição em que estamos é que não dá”, disse Angélica Costa.

O diretor da escola Patrice Lumumba, Kweku de Ceita disse ter sido informado pela empresa que a suspensão das obras deve-se ao atraso de pagamento por parte do Governo.

“Segundo a empresa, consta que não recebeu algum pagamento, daí que a empresa decidiu parar com as obras por isso é que nós estamos com este problemão”, disse o diretor.

A representante da comissão dos professores alertou que a resolução tardia deste problema poderá “comprometer muito” a realização das primeiras avaliações previstas para a próxima semana.

“Naturalmente com esta paralisação isso compromete a realização dos testes […] espero que essa situação se resolva quanto antes”, sublinhou o diretor da escola.

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