Ministro da Saúde afirmou que o país não tem poupado esforços no combate ao HIV/SIDA

“Atualmente existem, no país mais pessoas a receber tratamento antirretroviral. Isso significa que os benefícios do tratamento ajudam no trabalho da prevenção para diminuir o alto número de novas infeções pelo HIV que ocorrem no país”, sublinhou Celsio Junqueira.

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Celcio Junqueira

Na sua mensagem por ocasião do dia mundial de luta contra o Sida, assinalado no no 01 de Dezembro, o ministro da Saúde, Celsio Junqueira, afirmou que nos últimos anos, o país não tem poupado esforços para reverter a tendência da epidemia do HIV na qual tem estado a alcançar resultados assinaláveis que encorajam o Ministério, bem como a população a prosseguirem com a luta.

No entanto, o ministro sublinha que “apesar desse progresso o VIH/SIDA continua sendo um problema de saúde pública [e] ainda existem desafios”.

Os dados disponíveis mostram que São Tomé e Príncipe tem uma prevalência de 0,5% (MICS 2014) na população em geral.

O último estudo realizado na população chave (IBBS 2019), aponta para uma prevalência de VIH 2,1 % nos HSH (homens que fazem sexo com homens), para as trabalhadoras de sexo com uma prevalência de 1,4% e os reclusos 0,5%.

“Os grupos sociais que são afetados pelo VIH, incluindo populações chave, são a espinha dorsal da resposta ao VIH”, disse Celsio Junqueira.

O ministro da Saúde, afirmou que “o Programa Nacional de Luta Contra o VIH tem trabalhado no sentido de proporcionar uma boa cobertura do acesso universal, para que todas as pessoas venham a beneficiar do diagnóstico, tratamento e prevenção do VIH/SIDA”.

“Presentemente, os serviços estão disponíveis nas 48 unidades sanitárias, o que corresponde a uma cobertura de 100% e existe aproximadamente 907 pessoas recebendo o tratamento do VIH. Apesar dos ganhos já alcançados, ainda se tem alguns desafios pela frente em vários domínios sobretudo na testagem voluntária dos parceiros sexuais, na supressão da carga viral que ainda esta a volta de 84%”, disse Junqueira, apontando que “outro grande desafio é o estigma e discriminação.”

“Sabemos que a estigmatização e discriminação dos que vivem com o vírus ou por ele afetados que, em grande medida, resultam das tradições e processos sociais retrógrados como a discriminação das populações chaves e crenças que continuam a persistir na nossa sociedade”, frisou.

Segundo o ministro, “o estigma e a discriminação têm levado as pessoas vivendo com o HIV ao abandono por parceiro ou família, redução da autoestima, exclusão social, perda de emprego e bens, fraco desempenho no trabalho, negação de serviços públicos básicos, falta de cuidados e apoio, e mesmo vítimas de violência”.

O lema do Dia Mundial de luta contra o SIDA deste ano é “igualdade já”, apelando assim aos líderes e cidadãos mundiais para que reconheçam e enfrentem corajosamente as desigualdades que impedem o progresso no sentido de acabar com a SIDA, e para assegurar a igualdade de acesso aos serviços essenciais em matéria de VIH, particularmente para crianças e populações-chave e os seus parceiros sexuais.

Junqueira disse que “o Governo tem evidenciado todos os esforços no sentido de assegurar os serviços essenciais em todos os níveis de prestação de cuidados numa perspetiva de igualdade para todos.”

“E isto não depende somente do Ministério da Saúde, mas sim de todos nós, estado, sectores públicos e privados, população singular e os próprios doentes”, precisou.

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