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À beira de aprovar o Orçamento, S. Tomé e Príncipe quer atrair investidores.

Patrice Trovoada

Patrice Trovoada vai ter Orçamento de Estado aprovado pela Assembleia Nacional em final de abril. Mais de metade está garantido pelos parceiros internacionais.

Patrice Trovoada confirmou oficialmente a sua recandidatura à liderança do seu partido, dois meses antes do congresso do ADI (Ação Democrática Independente), que terá lugar na capital de S. Tomé e Príncipe (STP), no próximo dia 25 de abril.

Em vídeo conferência para o Expresso e a Lusa a partir da capital do arquipélago, o primeiro-ministro eleito em outubro do ano passado classificou estes primeiros quatro meses de governação como “trabalhosos”, em particular no que respeita à elaboração do Orçamento de Estado (OE), que virá a permitir “fazer arrancar uma série de obras de maior envergadura”.

O chefe do Governo, cujo partido alcançou a maiora absoluta no escrutínio de 2014, disse já ter garantidos pelos parceiros internacionais 94 milhões de dólares (€86,6 milhões) do total de 154 milhões de dólares (€140 milhões) do OE, cabendo às receitas internas o restante. A discussão e aprovação do OE pela Assembleia Nacional está prevista para o período entre 27 e 30 de abril.

A “capacidade de execução” do OE, que Trovoada classificou como “modesto, mas realista”, prevê-se limitada pelos oito meses de que dispõe. A “dificuldade” de governar sem orçamento tem sido compensada por uma “política de proximidade”, disse. “Vamos aos detalhes e conseguimos resolver muitos pequenos problemas e as reformas estão a ser lançadas”, fazendo “avançar e melhorar a gestão do setor público”.

Patrice Trovoada avançou que a proximidade com as necessidades dos são-tomenses se vê na prioridade de canalizar 15% do OE para despesas com a energia.Portugal não contribuiu diretamente para o OE de STP, disse o primeiro-ministro, porém “a cooperação entre os dois países prevê mecanismos financeiros que npodem ajudar tanto a economia são-tomense como a portuguesa”. Patrice Trovoada sublinhou a importância da visita de membros do Governo a STP, salientando a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, prevista para final de abril deste ano.

“O objetivo é apostar no setor empresarial e criar condições para convencer os empresários portugueses a investir em STP”, disse, acrescentando que o arquipélago tem recebido numerosas visitas de emporesários estrangeiros que virão a permitir desenvolver uma área de negócio importante para STP como o turismo. “Queremos apostar no turismo – os hotéis estão cheios – e criar um centro de negócios”. “Estamos a voltar a pôr o país no mapa”, concluiu Trovoada.

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