Pela primeira vez na história, São Tomé e Príncipe estará presente no ISA World Junior Surf Championship, uma competição que mostra ao mundo os melhores surfistas juniores de todos os cantos do mundo. Esta edição de 2016 terá lugar nas ilhas dos Açores, de 17 a 25 de Setembro.
A equipa que representará São Tomé e Príncipe no campeonato contará com três atletas:
Edmilson Camblé (“Jejé”) e Danilk Afonso, que irão competir na categoria Sub-18; e José Guerra (“Zézito”), que irá competir na categoria masculina Sub-16.
A RSTP foi saber um pouco mais sobre a participação desta equipa que promete elevar o nome de São Tomé e Príncipe no panorama internacional do Surf. Fique a saber mais nesta breve entrevista a João Sousa, que juntamente com Paulo Pichel e Miguel Ribeiro, está responsável pela equipa.
RSTP – STP irá participar pela primeira vez no ISA World Junior Surf Championship. Afinal no que consiste este campeonato?
-O ISA World Junior Surf Championship 2016 é uma competição que mostra ao mundo os melhores surfistas juniores de vários países. É uma competição que premia individualmente os atletas mas que premia ainda no final uma nação campeã; é uma espécie de campeonato do mundo de seleções, podemos assim dizer. A competição terá lugar na ilha de São Miguel,nos Açores,de 17 a 25 de Setembro.
RSTP – Como está constituída a equipa?
-Esta equipa consiste em três atletas: Edmilson Camblé (“Jejé”) e Danilk Afonso, que irão competir na categoria Sub-18; e José Guerra (“Zezito), que irá competir na categoria masculina Sub-16.
Esta é uma equipa escolhida especificamente para participar nesta competição. O “Jejé” é o tricampeão nacional de Surf de São Tomé e como tal não poderia estar de fora, enquanto o Danilk é um dos surfistas são-tomenses que mais tem evoluído nos últimos tempos. Existem outros surfistas com potencial, mas aqui é importante ter em conta que apenas surfistas até aos 18 anos poderão competir. O “Zezito”, embora seja ainda muito novo, é um dos que mais promete, pela sua atitude e paixão pelo surf, pelo que achamos que era importante que representasse São Tomé na categoria Sub-16 do ISA.
RSTP- Quais são as expectativas da equipa nesta primeira participação?
-Temos a perfeita noção de que esta é a primeira vez que São Tomé e Príncipe participa numa competição desta dimensão, e que existem países que participam há já muitos anos e têm estruturas de apoio aos atletas muito grandes, além de uma história de surf muito extensa, como a Austrália ou os Estados Unidos. Dessa forma, sentimos que a participação de São Tomé é já um passo muito grande e que poder inscrever o nome deste pequeno país africano numa lista juntamente com as grandes potências do surf, é já uma vitória.
Quanto a resultados, logo se verá. Os atletas estão muito motivados e temos a esperança de que com a sorte no nosso lado, possamos conseguir um resultado que motive os jovens são-tomenses a treinar e ter esperanças de um dia competir também.
RSTP -Como veem o Surf atualmente em São Tomé e Príncipe?
O Surf em São Tomé e Príncipe é algo extremamente novo mas tem crescido a velocidade impressionante nos últimos anos, talvez por ser uma atividade ligada ao mar, algo que os são-tomenses tão bem conhecem e apreciam. Se há cerca de três ou quatro anos atrás, ver alguém a fazer Surf em São Tomé causava alguma estranheza nos locais de certas comunidades, hoje já toda a gente se acostumou, e todos os miúdos querem experimentar. É importante que haja esta curiosidade e interesse; no entanto, o próximo passo é tornar o Surf são-tomense mais autónomo e sem necessitar tanto de apoio e motivação externa vinda dos turistas e estrangeiros, de forma a tornar-se uma atividade 100% nacional.