Djeissica, és um dos nomes mais sonantes da moda são-tomense. Para além disso, foste Miss São Tomé e Príncipe 2013 e representaste o país no concurso de Miss Mundo em 2014. A que atribuis o teu sucesso?
Em apenas uma palavra penso que estas etapas só foram possíveis com muita persistência. Tanto na moda como no concurso de Miss tive que me esforçar muito para ter esses resultados. A trajetória de ambos não foi fácil; saber o que ser, aonde queremos chegar e como queremos chegar é muito importante. Por vezes os resultados não são imediatos, daí a persistência.
Como surgiu o teu interesse pela indústria da moda? Ser modelo era já um sonho antigo ou “aconteceu”?
Desde pequena “desfilava” pela varanda da minha avó. Confesso também que a minha mãe incutiu em mim o gosto pela fotografia, pois fotografava-me imenso. O sonho só se tornou realidade aos 15 anos em S.Tomé, aonde fui descoberta pela estilista Antonieta Almeida. Desde aí continuo a fazer trabalhos de moda.
Há alguma coisa que te arrependas de ter feito, profissionalmente?
Não, não há assim nada em concreto que me arrependa de ter feito profissionalmente. Eu penso que tudo que fiz e não correu de acordo com as expectativas, foi uma experiência e isso só nos faz crescer.
Foste mãe de uma menina recentemente e já estás de volta á moda. Sabe bem voltar? Como consegues conciliar o papel de mãe e profissional?
Após esta ausência sabe muito bem voltar a fazer trabalhos relacionados com a moda. Não é fácil conciliar tudo, mas também não é algo do outro mundo: basta haver força de vontade, dedicação e organização. Não é porque sou mãe que a minha vida parou. Um filho não pode ser desculpa para deixarmos de estudar, trabalhar ou dar continuidade aos nossos sonhos, muito pelo contrário, tenho aonde ir buscar forças para continuar; agora por mim e pela minha filha. Quero que ela se orgulhe de mim, que mais tarde olhe pra mim, como eu olho para a minha mãe e pense “quando for grande quero ser como a minha mãe”.
Como está a ser a experiência de ser mãe?
Está a ser uma grande experiência. É um sentimento que não sei explicar. Vê-la crescer, fazer coisas novas todos os dias é fantástico, aliás, não é só ela que aprende algo novo, eu também. Ser mãe fez-me ser uma mulher diferente, descobri coisas em mim que não sabia ser capaz. Claro que há dias mais complicados, noites mal dormidas, tudo isso faz parte, mas no final, só de ver o sorriso dela, tudo passa! A minha filha é como eu pedi a Deus e sou grata por isso.
Apresentas uma forma física fantástica! Qual o teu segredo?
Não há qualquer segredo (risos). Primeiro tive sorte porque durante a gravidez não engordei muito, por isso voltar ao meu peso não foi difícil. Mas claro que o exercício físico ajuda a acelerar o processo, assim como uma boa alimentação.
Quais são os maiores desafios que a maternidade te trouxe?
Durante a gravidez apercebi-me de que estar grávida é uma dádiva de Deus, e que nem sempre é assim tão fácil como pensamos. O simples facto da mulher engravidar por vezes é um processo complicado e quando a mulher fica grávida é uma mudança muito grande, não só física como também psicológica. A maternidade ensinou-me a valorizar os pequenos detalhes, momentos da vida.
Para além da tua filha e da moda, que outras paixões tens?
Quem me conhece sabe que o basquetebol também faz parte das minhas paixões, mas neste momento, descobri mais uma, a televisão. É uma área que me fascina e na qual espero trabalhar no futuro.
Em que projetos estás envolvida, neste momento?
Neste momento, nenhum. Estou numa fase de aproveitar ao máximo para amar, mimar, acompanhar, educar a minha filha e terminar a faculdade.
Qual é o teu ponto de vista acerca dos manequins são-tomenses? Vês uma evolução? Que diferenças notas em relação a quando começaste e agora?
Penso que a moda evolui muito em S.Tomé e Príncipe assim como os manequins. Agora há mais trabalhos, atividades, profissionalismo. A escolha dos modelos e os próprios modelos são mais exigentes. Tudo isto significa uma grande evolução.