O actual Presidente da Assembleia Nacional anunciou a sua candidatura, esta segunda-feira, no final de um encontro que solicitou ao Presidente da República, Evaristo Carvalho, para informa-lo da sua decisão.
“Eu decidi, mais uma vez, candidatar-me às eleições presidenciais de 2021, mas por uma questão de elegância política e da educação que me é caracterizada, não podia fazê-lo antes do Presidente marcar eleições, e mesmo tendo marcado as eleições, ter uma conversa clara com ele, já que ele não irá recandidatar-se”.
Delfim Neves que já foi candidato Presidencial em 2011 volta a entrar na corrida ao Palácio Côr de Rosa e garante que fez uma “profunda reflexão” e “consulta popular” antes de decidir avançar.
“Eu fiz uma consulta popular a todas as forças vivas da nação, a alguns partidos políticos (naturalmente os sem assentos parlamentar), consultei as universidades, as confissões religiosas, as associações todas que existem no país para saber como é que está a nossa sociedade, como é que estamos a viver hoje e o que é preciso fazer para estar melhor”.
Delfim Neves assegura que vai avançar como “candidato independente” e relembra que “nas eleições presidencias os partidos não têm candidatos”, mas avançou que pediu apoio à vários partidos.
“Já pedi apoio à PCD (naturalmente que irá ser concedido). Também estou a pedir apoio dos outros partidos ou dos cidadãos independentes que queiram apoiar este projecto liderado por mim.”
Apoiando-se nos casos anterior de alguns dos seus antecessores, que foram candidatos presidências ao mesmo tempo que eram Presidentes da Assembleia, Delfim Neves disse que “a função de Presidente da Assembleia Nacional não é incompatível com candidato à presidência da República”, por isso entende que “não há necessidade de pedir a suspensão, nem renunciar [ao cargo de Presidente da Assembleia Nacional], nem muito menos perder o mandato [de deputado]”.
Com este anúncio, Delfim Neves junta-se a mais de duas dezenas de pessoas que já anunciaram a pré-candidatura às Presidenciais de 18 de Julho. “Existem muitos candidatos. Pela primeira vez na história vamos confrontar com mais de 20 candidatos à candidatos” que irão solicitar a confirmação ao Tribunal Constitucional, disse Delfim Neves.