Arrancou, esta segunda-feira, a campanha da segunda dose de vacinação contra a Covid-19 em São Tomé e Príncipe. Nas próximas semanas, mais de 12 mil pessoas deverão concluir o processo de vacinação com Astrazeneca.
O Primeiro-ministro e o Ministro da Saúde, foram dos primeiros a dirigirem-se à um dos postos de vacinação da cidade capital para completarem o processo de imunização.
Um acto, que Jorge Bom Jesus considerou de “um dever cívico e sanitário”, levando em conta que “a saúde e a vida é precisamente um bem mais preciosos e que temos que preservá-la”. O chefe do governo disse que quis dar exemplo para que “o povo encare esta pandemia da Covid-19 com muita seriedade”, cumprindo aquele comportamento de base que teremos que seguir durante os próximos tempos, se não nos próximos anos: o distanciamento social, a utilização de máscaras e higienização”.
“Mais vale prevenir do que remediar, sobretudo num país como o nosso. Portanto, temos que apostar na prevenção e a vacinação é mesmo para isso”, disse.
O plano nacional de vacinação aprovado pelo governo prevê imunizar 70 % da população santomense até Março de 2022. Através da iniciativa Covax, o país esperava receber 96 mil doses da vacina Astrazeneca, o que serviria para imunizar 20% da população, mas até agora, só chegaram ao arquipélago 24 mil doses, o que está a condicionar o arranque das outras fases do programa de vacinação que o Ministro da Saúde espera “não haver interrupção”.
No meio desta incerteza, o Chefe do Governo não indica data para a chegada de outras doses de vacinas, mas afirmou que o governo espera receba-las nos próximos tempos.
“Nos próximos tempos, aguardamos a chegada de outras vacinas e as próximas levas desta mesma vacina (Astrazeneca), para que continuemos a imunizar as nossas populações e garantir aquilo que tínhamos prometido, que será a imunização de 70 % da população”, afirma Bom Jesus.
Considerando ainda esta incerteza na chegada de Vacinas da plataforma Covax devido problemas da Covid 19 em que vive a Índia, um dos maiores produtores da vacina, o executivo, segundo Jorge Bom Jesus, tem feito apelo à outros parceiros.
“Nós fizemos vários pedidos (…), é tempo de generosidade e solidariedade, acredito que parceiros como a China, a própria plataforma Covax, Portugal que prometeu aos PALOP’s uma parte também das vacinas que tem recebido, acredito que nos próximos tempos teremos outra parte da população vacinada”, frisou, o chefe do governo.
O Ministro da Saúde, por sua vez, está confiante que a população está engajada à completar o processo de imunização, para se sentirem mais protegidas da Covid-19 e afirma que os centros de vacinação serão os mesmos.
Embora, completada as doses de vacinação, Edgar Neves, recomenda e apela que se deve continuar a respeitar as medidas de prevenção. “Independentemente de ter ou não ter sido vacinado, o uso correcto de máscaras, distanciamento social e higienização continuam a ser medidas essenciais”.
Nesta primeira fase de vacinação, estava prevê-se a vacinação de 3% da população, em que faz parte do grupo prioritário: profissionais de saúde, assistentes sociais, bombeiros, forçam militares e paramilitares e cidadãos de mais de 65 anos de idade.