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19 candidatos ambicionam ser Presidente da República de São Tomé e Príncipe

Candidatos

Pré-Candidatos

As eleições presidenciais de 18 de Julho de 2021, poderão ser as mais disputadas de sempre em São Tomé e Príncipe. Pela primeira vez na história da democrária do país 19 candidatos apresentaram-se ao Tribunal Constitucional para serem adimitidos como candidatos oficiais à Presidência da República.

São 16 homens e 3 Mulheres. A maioria são estreantes, mas há outros que concorrem pela segunda e outros ainda que tentam pela terceira vez chegar ao Palácio Côr de Rosa. Há antigos Primeiros-Ministros, antigos Ministros, deputados, ex-deputados.

A maioria concorre como independente, enquanto outros contam com o apoio das máquinas partidárias. Há ainda candidatos com Doutoramentos e outros que não têm sequer o ensino secundário, mas a verdade é que dentro de 7 dias todos poderão estar em pé de igualdade se passarem pelo crivo do Tribunal Constitucional.

Por ordem alfabética, conheça as ideias de cada um destes candidatos:

1. Abel Bom Jesus

Abel Bom Jesus, jovem agricultor, humorista e activista social entra na corrida presidencial pela primeira vez e concorre como independente.

“Essa candidatura vem responder o anseio de todo povo são-tomense, sobretudo da camada mais desfavorecida. Ela representa 85 % daquilo que é a nossa população, desde os pescadores, palaiês, motoqueiros, agricultores, mesmo a classe média e alta porque pretendo ser um Presidente que traga união, mas acima de tudo espírito de trabalho para promover o crescimento de São Tomé e Príncipe. Sabendo que o Presidente da República não Governa, mas farei de tudo enquanto Presidente da República para que haja uma boa relação entre a Presidência e o Governo”.

2. Aurélio Martins

Destaque: Mutambu Notícias

Aurélio Martins antigo Presidente do partido MLSTP/PSD que teve o apoio do partido em 2011 quando concorreu pela primeira vez, avança para a corrida de 18 de julho de 2021 como independente.

“O objetivo do nosso candidato é manter o país num clima de paz, estabilidade para permitir o seu desenvolvimento em benefício de todos os cidadãos são-tomenses. Vamos basear a nossa campanha incutindo nos eleitores mensagens de prosperidade e acreditamos que o nosso candidato é capaz de mudar o quadro que vivemos, mudar o panorama social deste país”, disse José Luís Vera Cruz, mandatário da candidatura de Aurélio Martins que liderou a equipa que submeteu os documentos junto ao Tribunal Constitucional.

3. Carlos Neves

O Diplomata e Historiador, Carlos Neves também formalizou a sua candidatura no Tribunal Constitucional. O candidato é Presidente da  União MDFM/UDD e concorre com o apoio desta força política.

“Eu decidi avançar para esta corrida às eleições presidenciais tendo em conta a minha longa vivência desse país, profundo conhecimento que tenho da sociedade são-tomense, predisponho-me a sujeitar-me ao escrutínio dos eleitores no sentido de ajudar São Tomé e Príncipe mais uma vez a seguir em frente na via do progresso. Uma delas [mensagem] é a da união dos são-tomenses, acabar com a cultura do ódio que infelizmente acentuou no nosso país e que só dificulta o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe. A outra mensagem é que devemos ter um Estado mais transparente. A terceira mensagem é de combate muito forte a corrupção”, declarou a saída do Tribunal Constitucional. .

4. Carlos Stock

Carlos Stock, Advogado, antigo Ministro da Defesa e Ordem Interna e Ex-juiz Conselheiro do Tribunal Constitucional também estreia-se na corrida presidencial. O dirigente do partido ADI vai concorrer como independente.

“Só um presidente genuinamente acima do jogo político partidário estará em condições de exercer uma verdadeira magistratura de influência e ser um factor de entendimento, de coesão e não de exclusão. Um presidente próximo dos são-tomense, disponível para percorrer o país, dia e noite, se necessário for, para sentir na primeira pessoa o pulsar do quotidiano dos são-tomenses, particularmente, os jovens, as mulheres, as crianças e os idosos”, anunciou Carlos Olímpio Stock durante o lançamento da sua candidatura.

5. Carlos Vila Nova

O Engenheiro e antigo Ministro das Infraestruturas e Recursos Naturais, Carlos Vila Nova, estreia-se como candidato Presidencial e conta com o apoio do partido ADI. A formalização da sua candidatura foi feita pelo seu mandatário Álvaro Silva.

“É um candidato que está comprometido com o futuro e o presente deste País, portanto, com o futuro das crianças, homens, mulheres e a diáspora. É um candidato que está disposto e decidido a estar com o povo, a respeitar o povo e defender o povo e a estar com o povo em todas as circunstâncias. Está é uma candidatura apoiada pela sociedade civil e naturalmente contamos com grande satisfação com o apoio do partido ADI”, declarou o mandatário.

6. Delfim Neves

Delfim Neves, actual Presidente da Assembleia Nacional, entra na corrida ao cargo de Presidente da República pela segunda vez. O dirigente do partido PCD concorre com o apoio desta força política. A formalização da sua candidatura foi feita pelo seu mandatário, Hamilton Vaz.

“O candidato me pediu para transmitir uma mensagem ao povo São-tomense, que com esse acto ele quer dizer que está comprometido com a causa de todos os São-tomenses, ou seja, todos os Homens e Mulheres deste País, a causa da juventude e dos idosos de São Tomé e Príncipe (…) Disse que será um Presidente que fará uma magistratura de influência impar jamais vista em todos quanto foram Presidentes de São Tomé e Príncipe, caracterizada por dinamismo e pragmatismo”, explicou Hamilton Vaz.

7. Elsa Garrido

Elsa Garrido, Presidente do Partido Verde, estreia-se na corrida Presidencial com o apoio do seu partido. Em 2018, Elsa Garrido foi cabeça de lista do seu partido nas eleições legislativas, mas não consegui votos suficientes para a sua eleição como deputada.

“O objectivo é oferecer ao povo são-tomense uma opção, uma escolha de diferença e dizer a todo povo são-tomense que a minha candidatura não é uma candidatura clássica. É uma proposta de transformação de São Tomé e Príncipe. O que eu estou a propor é justamente iniciar o processo de transformação de STP. O nosso sistema precisa ser revisto, a juventude precisa de esperança, o nosso país precisa de brilhar pelas boas razões” explicou.

8. Elsa Pinto

Elsa Pinto, Vice-presidente do MLSTP/PSD e antiga Ministra dos Negócios Estrangeiros, concorre pela segunda vez como candidata independe.

“O novo objectivo central é sobretudo ver um outro São Tomé e Príncipe. Ver mudanças. A mudança começa justamente pensando nas pessoas, pensando no quotidiano. Hoje quando faço uma análise da situação global, depois uma análise da situação nacional importa agir rapidamente e com sentido de urgência. É preciso pensar na Juventude (…) e dizer a todos que nós precisamos investir na nova geração. O Presidente da República é aquele que tem por incumbência assegurar a unidade nacional. Por isso é que eu sou uma candidata independente, porque o Presidente tem que ser suprapartidário e aí podemos sentar com os partidos.”

9. Eugénio Tiny

Eugénio Tiny, antigo Vice-presidente da Assembleia Nacional e co-fundador do partido MDFM. O seu representante, Damião Baía explicou as suas motivações da candidatura.

“A ideia da candidatura é unir o povo são-tomense, tanto é que temos slogan que é Paz e Amor. Eugénio Tiny é aquele homem que quer fazer tudo para tentar alavancar a situação da conjuntura actual do país.

10. Guilherme Posser da Costa

Guilherme Posser da Costa, advogado e antigo Primeiro-Ministro, volta a política activa e conta com o apoio do Partido MLSTP/PSD na corrida às presidenciais de 18 de Julho.

“Faço este acto com grande sentido de responsabilidade não só de garantia da constituição, mas, também de garantia as liberdades, direitos individuais do cidadão e promover a estabilidade e a governabilidade nacional. Faço convencido que não é um cargo qualquer (um cargo de extrema responsabilidade) porque é um cargo que me obriga necessariamente a me colocar acima de todos os partidos políticos para poder tratar todos da melhor maneira, sem qualquer tipo de exclusão. No exercício da função de chefe de Estado eu serei um Presidente presente, não serei um presidente ausente das preocupações dos meus compatriotas,” disse Posser da Costa depois de formalizar a sua candidatura.

11. Jorge Amado

Jorge Amado, antigo Presidente do Partido MLSTP/PSD, que concorre como independente, também submeteu-se ao crivo do Tribunal Constitucional.

“O lema da candidatura é agir para mudar. O candidato promete trabalhar com os jovens, promete também ser o candidato de todos os são-tomenses para todos os são-tomenses”, disse o seu mandatário, Diomary da Luz.

12. Júlio Silva

Júlio Silva, dirigente do Movimento dos Cidadãos Independentes-Partido Socialista, entra nesta corrida como candidato independente.

“O Presidente da República está acima de todos os partidos políticos. Ele tem que ser alguém que, sobretudo, vela pela vida dos santomenses. O nosso lema principal é verdade e reconciliação. Reconciliação entre os santomenses, reconciliação para que, de uma vez por todas, nós possamos pegar o barco numa mesma direcção de desenvolvimento de São Tomé e Príncipe”. Explicou o candidato,explicou depois de submeter a sua candidatura ao Tribunal Constitucional.

13. Manuel do Rosário

Manuel do Rosário, biólogo e professor do ensino secundário concorre pela segunda vez como independente.

“O presidente não restringindo apenas a constituição da República tem o papel de junto ao Governo fazer o país avançar. Se nós pensarmos em desenvolver melhor o turismo, apostarmos mais nas áreas das pescas, entre outras, o país poderá conhecer novos rumos.”

14. Miques João

Miques João, advogado e membro fundador do Partido Verde, entra na corrida presidencial como candidato independente.

“São Tomé e Príncipe não está perdido. O importante é que sejamos mais sérios, responsáveis, trabalharmos um pouco mais e temos que levar São Tomé e Príncipe a medida dos nossos interesses, necessidades e ambições. A minha candidatura é a prova irrefutável de que temos que nos sacrificar em nome e na defesa da nossa Pátria. Se eu vier a ser eleito, no plano político o Governo deve encontrar um quadro de entendimento entre todos os actores políticos”, disse o candidato no dia da formalização da sua candidatura.

15. Moises Viegas

Moises Viegas, ativista social e palestrante entra na corrida presidencial como independente e garante que é a vez da juventude avançar para mudar São Tomé e Príncipe.

 “A nossa candidatura é uma candidatura diferente. Diferente porque o candidato é um candidato independente, não provém de nenhuma força político-partidária. É um candidato que tem demonstrado algum trabalho social, e não só, no país e se predispôs a este pleito eleitoral no sentido de trabalhar de facto para que o país possa desenvolver”.

16. Maria das Neves

Maria das Neves, antiga Primeira Ministra e ex-vice-presidente da Assembleia Nacional. Dirigente do Partido MLSTP/PSD e ex-líder da OMSTP, concorre pela terceira vez como candidata independente.

“Essa candidatura tem o condão também de ser uma candidatura mãe, porque é uma candidatura independente, abrange todos os sectores da vida nacional, congrega toda gente e tem uma visão de estabilidade”, disse o seu mandatário, Demétrio Salvaterra.

17. Olinto das Neves

Olinto das Neves, engenheiro naval e Ex-director dos Transportes Terrestes, entra na corrida presidencial com candidato independente.

“É uma candidatura de inclusão social e uma candidatura de oportunidade para todos os são-tomenses. Nós estamos a abraçar a causa social, porque se nós unirmos a inclusão social vai prevalecer dentre deste país, porque sem a inclusão social o país não vai desenvolver. Nós temos que estar unidos, um por todos e todos por um”, disse o seu mandatário, Eidjery Garcia.

18. Roberto Garrido

O último a formalizar a candidatura.

“O último, mas que será o primeiro”, declarou depois de entregar os seus documentos no Tribunal Constitucional.

19. Victor Monteiro

Victor Monteiro, coronel na reserva, deputado do MLPSTP/PSD e antigo Ministro da Defesa e Ordem Interna entra na corrida presidencial como candidato independente.

Eu enquanto Presidente da República irei promover a cultura da são-tomensidade, independentemente da raça, da cor, do sexo, da religião, da cor partidária. Quando for eleito Presidente da República, o povo são-tomense terá o orgulho de ter alguém Presidente da República com o meu perfil. Sou militar de carreira na reserva. Portanto, em defesa, ninguém mais do que eu estará em condições, do leque dos candidatos, de poder exercer, com a capacidade que eu, enquanto Comandante Supremo das Forças Armadas”, declarou Monteiro depois de formalizar a sua candidatura.

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