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Polémica sobre secretário de Estado das Obras Públicas está ultrapassada – PR

O Presidente República, Carlos Vila Nova, disse hoje que está ultrapassado o caso do secretário de Estado das Obras Públicas e Ambiente, exonerado do cargo após ser denunciado pela oposição por estar a cumprir pena suspensa por falsificação de documentos. 

“O importante é que tomou-se a decisão que se achou mais correta. Portanto, eu penso que polémicas à parte, o secretário de Estado já não é secretário de Estado. Estas coisas fazem-se em concertação com os outros órgãos e penso que é mais importante de haver este diálogo entre os órgãos e vamos resolvendo as coisas”, disse Carlos Vila Nova.

Ernestino Gomes foi exonerado na sexta-feira do cargo de secretário de Estado das Obras Públicas e Ambiente, pelo Presidente da República, sob proposta do primeiro-ministro, dez dias depois de ser investido no cargo.  

Na passada segunda-feira, o partido Ação Democrática Independente (ADI, oposição) afirmou, numa reação à remodelação governamental, que Ernestino Gomes é “um indivíduo a contas com a justiça” e “que falsificou um sem número de documentos, entre eles, guias de receitas do Estado, e fora condenado a três anos de prisão”.

“Note-se que tendo sido o referido arguido condenado por sentença de 28 de dezembro de 2019 e a pena de prisão, no entanto, suspensa igualmente por 3 anos, apenas em 27 de dezembro de 2022, se verá livre, após o pagamento integral da aludida dívida”, lê-se no comunicado da ADI.

Na quinta-feira, Ernestino Gomes demitiu-se do cargo, alegando “informações injuriosas postas a circular nas redes sociais” e “pelo bom nome do governo, da ação governativa e pelo bem da nação são-tomense”.

“Eu espero que não haja muitos casos desses para resolver, mas este, penso eu, está ultrapassado”, afirmou hoje o Presidente da República, Carlos Vila Nova.

Quando questionado se se sentia de mãos atadas na resolução dos problemas do país, o chefe de Estado reafirmou que não poupará “os esforços de continuar a trabalhar, a exercer essa magistratura junto aos outros órgãos” para encontrar soluções para os problemas que lhe têm sido apresentados pelas associações e sindicatos socioprofissionais do país.

“Eu tenho estado em contacto permanente com os outros órgãos e na medida do possível vamos continuar a trabalhar para resolver os problemas”, assegurou Carlos Vila Nova.

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