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REPORTAGEM: Jovens apostam na venda de “Daua” para suprir a falta de emprego em STP

“Estamos aqui, porque não há outro meio, então vamos continuar com isso mesmo até um dia Deus permitir que possamos fazer outra coisa”, disse Orlando da Silva, um dos vendedores.

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“A nossa vida vendendo Daua dia-a-dia é que, toda gente sabe como negócio decorre. Há dia negócio sai, há dia negócio não sai”, relatou Orlando da Silva, um dos jovens praticantes desta atividade.

Percorrendo o Rio Água-Grande, desde a Ponte Tavares até perto da voz do rio na Baía de Ana Chves, estes jovens montam durante o dia vários pontos de venda de Daua (cocô) que trazem, sobretudo de da localidade de Ribeira Afonso, distrito de Cantagalo.

“É a única solução porque é aqui que eu salvo o meu pão”, disse, Ronaldo Santos, que vê nesta atividade “uma alternativa para não ficar parado.”

Além do lucro, que nem sempre conseguem no final das vendas diárias, estes jovens afirmam que “a maior dificuldade” é a falta de caixotes de lixo perto das suas zonas de venda para depositarem os restos das “Dauas”, por isso pedem apoio para continuarem a melhorar as condições do trabalho.

O trabalho destes jovens oferece respostas à procura de vários cidadãos que diariamente buscam “Daua”, sobretudo nos dias de muito calor.

“A Direcção do turismo poderia ver esses jovens como uma mais-valia para o turismo, dar-lhes melhores condições, criar bancadas bem estruturada, anexá-los nas finanças para que eles tenham uma garantia, porque futuramente estes produtos podem escassear”, defendeu o consumidor, Paulo Almeida.

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