“Se calhar já teríamos de fazer isso há tempo, mas aconteceu hoje e foi bom”, disse o diretor-geral da Cultura, Guilherme Carvalho, enquanto porta-voz de uma comissão de trabalho convocada na quarta-feira, 24 de junho, pelo Presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves para debater sobre o assunto e iniciar a preparação da legislação.
“As nossas manifestações [culturais] precisavam de ganhar um estatuto nacional para serem valorizadas”, afirmou, Guilherme Carvalho, assegurando que os trabalhos para o efeito deverão estar concluídos até 20 de julho para que a lei seja promulgada em agosto.
A comissão foi convocada pelo presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves, cumprindo a promessa feita na abertura da IX Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe, no sentido de se preparar a lei que possa credenciar as manifestações culturais como património nacional e para depois serem apresentadas candidaturas para património mundial da Unesco.
Além de João Carlos Silva e Guilherme Carvalho, integram à comissão, o escritor Albertino Bragança, a historiadora, Nazaré Ceita, a poetisa Conceição Lima e a ex-ministra dos Negócios Estrangeiros, Natália Umbelina,
“Há uma comissão que vinha trabalhando sobre o património imaterial e material, e esta comissão depois de uma dada altura deixou de continuar os serviços por questões de acertos, e agora ela vai continuar para ver se conseguimos na verdade definir e identificarmos as nossas manifestações que serão classificadas como património nacional”, explicou Guilherme Carvalho.
Segundo o diretor-geral da cultura 70% dos trabalhos já foram feitos para prepara a candidatura do “Tchiloli” ao património mundial da Unesco, sendo este um dos objetivos a serem alcançados pela cultura são-tomense.