A professora e investigadora portuguesa, Isabel Castro Henriques promoveu uma palestra sob o tema “planta e conhecimento” que culminou com o lançamento em São Tomé do seu livro “África e o Mundo” no âmbito da IX Bienal de Artes e Culturas de São Tomé e Príncipe que decorre no país até 25 de julho.
A professora, historiadora e investigadora do centro de estudos africanos da Universidade de Lisboa considera que “no património cultural são-tomense há um elemento pouco estudado e pouco trabalhado que é precisamente as plantas”.
Segundo Isabel Henriques nos séculos XV, XVI e XVII, São Tomé e Príncipe serviu como laboratório do continente: Europeu, Americano, Asiático e da própria África para a fase experimental de várias plantas.
“Em torno deste património das plantas, há todo um conjunto de aspectos sociais, económico, organização e técnicas de cultura que é importante dar a conhecer”, destacou Isabel Castro Henriques.
A escritora destaca que o seu livro demonstra que “o mundo chegou a África através das plantas” e outros tipos de projectos sociais, económicos e comerciais e sistemas religiosos, sendo estes, entre outros temas que se encontram na obra.
Dezenas de pessoas participaram na palestra e lançamento do livro.
“Temos que estar preparados para reutilizarmos o que está no nosso consciente, de acordo com os nossos interesses, e é isso que nos falta. Falta-nos é passarmos a utilizar estes conhecimentos que temos, essa capacidade de transformação que temos, essa capacidade de absorção, essa capacidade de troca com o outro para promovermos o nosso próprio desenvolvimento”, frisou, Filinto Costa Alegre no final da palestra.
Texto de: Gidel Batista