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Direção do Ambiente capacita técnicos nacionais para acelerar o acesso ao financiamento climático

A Direção Geral do Ambiente e Ação Climática, com o apoio financeiro do Banco Africano de Desenvolvimento, promoveu durante três dias uma ação de capacitação para mais de 15 técnicos de diversas instituições nacionais com o objetivo de acelerar o acesso ao financiamento climático, e promover a gestão a eficaz dos fundos.

A formação decorreu de 13 a 15 de fevereiro, na sala de conferências do Hotel Pestana com objetivo de demonstrar como funcionam os financiamentos climáticos e como o país pode aceder aos fundos disponibilizados pelos parceiros de desenvolvimento através da elaboração de projetos que ajudam a mitigar e adaptar as mudanças climáticas.

“As instituições quando pensam elaborar os seus planos, devem pensar em medidas muito concretas que realmente vão se adaptar as mudanças climáticas, dependendo de outros sectores” disse a diretora Geral do Ambiente, Sulisa Quaresma, sustentando que o sector da energia “deve propor medidas de mitigação”, nomeadamente “reduções de gases com efeitos de estufas”.

Sulisa Quaresma ressaltou ainda que é necessário que as instituições que lidam com a matéria relacionada as mudanças climáticas, possam conhecer os mecanismos financeiros existentes, para que se possam ter quadros nacionais capacitados de forma a submeter projetos nacionais.

“Sempre são parceiros externos que conhecem esses fundos, sabem aonde estes fundos estão e já vêm com um projeto pré-estabelecido, e nós ao nível nacional, vamos dar alguns ‘inputs’, mas por vezes, quando vamos ver em termos de implementação nacional destes projetos, acabam não servindo realmente as instituições nacionais”, enfatizou a diretora Geral do Ambiente.

Participaram na formação maioritariamente técnicos das caras distritais do país, considerando que a maioria das câmaras não têm técnicos efetivos para darem respostas face as questões ligadas as mudanças climáticas.

“Elas [câmaras distritais] devem reforçar cada vez mais os quadros técnicos em diferentes domínios, porque as câmaras lidam com várias temáticas [nomeadamente], ambiente, florestas, recursos naturais, energias, e as essas câmaras precisam realmente estarem munidas de técnicos para poderem dar respostas”, disse.

O financiamento climático desempenha um papel importante para que os países emergentes consigam investir no combate as mudanças climáticas, em mitigação e adaptação e também aos impactos.

No entanto, a coordenadora de operações do BAD, Ceutónia Lima Neto, assegurou que a questão climática “é transversal e muito importante para o Banco Africano de Desenvolvimento.”

“Nós temos uma estratégia, mas olhamos especificamente para países pequenos como São Tomé e Príncipe. Temos constatados em períodos recentes que o país esta cada vez mais vulnerável as mudanças climáticas”, precisou Ceutónia Lima, tendo afirmado que o BAD também constatou que “há pouca informação sobre a existências de fundos e financiamentos climáticos.”

Segundo a coordenadora de operações do BAD, saíram várias recomendações desta formação, nomeadamente “a integração do género, a replicação e a massificação dos técnicos nacionais na formulação dos projetos para que São Tomé e Príncipe consiga preparar propostas técnicas e robustas para competir com outros países no acesso as fontes climáticas.”

A Direção Geral do Ambiente, tem como atribuição, a coordenação das ações ambientais do país, a definição e execução da política do Estado em matéria do ambiente.

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