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Administração da cervejeira Rosema acusa polícia Nacional de assaltar fábrica sem mandado

Polícia Nacional

O administrador da cervejeira Rosema, Manuel Martins Quaresma acusou hoje a Polícia Nacional de São Tomé e Príncipe de assaltar a fábrica, em Lembá, norte de São Tomé, sem mandado do tribunal, acusação refutada pela instituição policial.

“Apareceram quatro polícias para assaltar a fábrica, assaltaram mesmo a fábrica, ocuparam a fábrica, expulsaram as pessoas que vivem lá sem papeis nenhum, sem advogado nenhum, sem documento do tribunal”, disse à Lusa, Manuel Martins Quaresma.

Segundo o representante da cervejeira Rosema, atualmente propriedade do empresário Angolano Mello Xavier, a intervenção da polícia começou por volta das 20 horas local.

Manuel Martins Quaresma disse que “não houve nenhuma resistência” por parte dos funcionários que estiveram na fábrica, mas “as pessoas que estão lá a viver vão sair” e não sabiam aonde iam dormir.

“Estamos na cidade e eles estão lá à deriva”, disse.

Contactado pela RSTP o porta-voz da Polícia Nacional Odair dos Anjos refutou a acusação de assalto, mas confirmou uma “ação preventiva” nas instalações da fábrica.

“A Polícia está ali para manter a ordem e tranquilidade, defender e manter a segurança da empresa, proteger todos os bens e prevenir alguma situação”, sublinhou o comissário da Polícia Nacional são-tomense.

Questionado sobre o mandado de execução do Tribunal, Odair dos Anjos assegurou que “para a polícia permanecer nas instalação ou fazer patrulha e até mesmo entrar na instalação” é porque “está dotada de alguma autorização que legitima esse processo”.

Segundo o comissário, foram enviados reforços do comando central de Água Grande e uma equipa do Grupo de Intervenção que irá pernoitar no comando distrital de Lembá “para dar algum apoio” aos elementos no terreno.

O Tribunal Constitucional, com quatro novos juízes em funções há menos de um mês, devolveu a cervejeira Rosema aos “irmãos Monteiro”, quatro anos após a fábrica ter sido restituída ao empresário angolano Mello Xavier por decisão de juízes recentemente jubilados, disse à RSTP fonte do Tribunal.

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