O Banco Mundial (BM) aprovou o novo programa quadro de cooperação para São Tomé que inclui 10 projetos avaliados em mais de 225 milhões de dólares para os próximos cinco anos, dando prioridade à resolução da crise energética, disse à RSTP o representante da organização que passará a ter escritório em São Tomé.
“O portefólio do Banco Mundial em São Tomé e Príncipe é um portefólio já bastante grande, temos atualmente na nossa carteira 225 milhões de dólares em diferentes áreas”, disse à RSTP o representante do Banco Mundial para Angola e São Tomé e Príncipe, que se encontra no arquipélago para a aprovação da revisão da carteira de projetos.
Segundo o representante do BM, o programa quadro de cooperação foi aprovado na semana passada e inclui mais de 10 projetos em São Tomé e Príncipe, nomeadamente nas áreas de proteção social, educação, saúde, desenvolvimento digital, ambiente, transição energética e infraestruturas.
“Para nós como prioritário é ver como é que podemos apoiar o Governo a resolver a crise de energia”, sublinhou Juan Carlos Alvarez.
O representante do Banco Mundial falou à RSTP, na quinta-feira, após assinar um “convénio de sede” para a instalação do escritório da representação desta organização em São Tomé e Príncipe, o que considerou que “vem fortalecer cada vez mais” o relacionamento com o Governo e contribuir “para o desenvolvimento económico e social do povo de São Tomé e Príncipe”.
“Este convénio para nós é um passo muito importante no engajamento porque vai fortalecer o nosso relacionamento daqui adiante”, sublinhou Juan Carlos Alvarez.
Pela parte são-tomense o documento foi assinado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Gareth Guadalupe na presença do ministro das Finanças, Ginésio da Mata.
“Para nós é importante que os parceiros olhem para nós com uma confiança e ter aqui o Banco Mundial é algo que vem valorizar, vem dar mais confiança ao país”, disse Gareth Guadalupe.
O chefe da diplomacia são-tomense sublinhou que a instalação da representação do BM no arquipélago “irá necessariamente facilitar muito mais a comunicação” e tornar o processo mais fácil e ajudar o Banco Mundial “a acompanhar o dia-a-dia do país, conhecer a realidade mais de perto” e ajudar na implementação dos projetos.
“Estamos em crer que vai também facilitar o acesso ao financiamento que são estruturantes para o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe”, acrescentou Gareth Guadalupe, na assinatura documento que decorreu no Ministério dos Negócios Estrangeiros são-tomense.