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Petrolífera brasileira Petrobras entra na exploração de três blocos de petróleo em São Tomé e Príncipe

A petrolífera brasileira Petrobras formalizou o consórcio com a Shell para a exploração de petróleo em três blocos de São Tomé e Príncipe, parceria que Governo são-tomense considera como “passo certo e firme” para a descoberta de petróleo comerciável.

A Petrobras adquiriu 45% de participação nos blocos 10 e 13 e 25% no bloco 11 da Zona Económica Exclusiva de São Tomé e Príncipe (ZEE).

Os blocos 10 e 13 contam ainda com a participação da Shell, com 40% e a Agência Nacional de Petróleo de São Tomé e Príncipe (ANP-STP), que representa o Estado são-tomense, que mantém os 15% nos dois blocos.

Os direitos de participação no bloco 11 estão repartidos em 40% da Shell, 20% da Galp, 25% da Petrobras e 15% da ANP-STP.

“A empresa Petrobras que acaba de entrar para o consórcio dos blocos 10, 11, e 13, tem uma vasta experiência em exploração de petróleo em águas profundas e ultraprofundas e estamos assaz convictos de que ela trará este seu manancial de experiência e ‘know-how’ para juntar ao das empresas que já se encontram nestes blocos e assim continuarmos esta nossa titânica empreitada, mas no caminho certo rumo a descoberta de petróleo com caráter comercial”, disse o diretor-executivo da ANP – STP, Álvaro Silva.

O responsável da ANP-STP assegurou que o país vai continuar a implementar “políticas e reformas necessárias à atração de empresas de credibilidade renomada para operações petrolíferas” em STP.

“Estamos conscientes de que ainda nos encontramos ao meio desta maratona, o que requererá do Estado a flexibilização e modernização de algumas legislações que constituem o vetor orientador, seja ela de forma direta ou indireta à nossa atividade petrolífera, fazendo, por conseguinte da nossa zona, uma ‘frontier área’ cada vez mais atrativa e competitiva”, declarou o diretor-executivo da ANP-STP.

Álvaro Silva prometeu continuar a trabalhar com as empresas internacionais do setor do petróleo e gás, “com sentimento de parceiro”, com humildade de quem reconhece ainda precisar de muitos conhecimentos e tecnologia, mas também com a inabalável determinação de uma instituição e de um Estado que sabe onde pretende chegar, a trajetória que pretende fazer e os objetivos que quer alcançar”.

A assinatura dos contratos de partilha de interesses participativos entre a Shell e a Petrobras decorreu, na quinta-feira, na capital são-tomense entre os representantes destas empresas e a ANP-STP, testemunhadas pelo ministro das Infraestruturas e Recursos Naturais, José Rio, quadros das instituições envolvidas.

Em outubro de 2022, o consórcio Galp e Shell confirmou “a existência de um sistema petrolífero ativo” no poço denominado “Jaca” no bloco seis da zona Económica Exclusiva (ZEE) de São Tomé e Príncipe, mas sem evidência de que “tenha um potencial recuperável suficientemente grande para ser comercial”, prometendo continuar a avaliar os resultados.

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