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STP assume presidência da Cultura da CPLP e pede políticas para facilitar circulação de agentes culturais

Cultura

São Tomé e Príncipe assumiu a presidência da reunião dos ministros da Cultura da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e defendeu que “é urgente e prioritário” a adoção de políticas facilitadoras da circulação de agentes culturais, contribuindo para maior coesão e desenvolvimento económico na comunidade lusófona.

A posição foi defendida pela ministra da Educação, Cultura e Ciência de São Tomé e Príncipe, que assumiu a presidência do seu homólogo de Angola, na reunião realizada na capital são-tomense, na terça-feira, 07 de maio.

“Cabe-nos a grande responsabilidade, enquanto decisores políticos, de desenvolver políticas culturais que estimulem a coabitação pacífica e respeito pelas mesmas, no sentido de maximizar essas diversidades [culturais] e podermos beneficiar das surpreendentes vantagens que elas nos podem oferecer no âmbito da cooperação multilateral e cultural”, defendeu Isabel Abreu.

A governante são-tomense referiu que a cultura representa para a CPLP “o elemento fundador e aglutinador, uma herança histórica, cultural e linguística que une” os povos destes países, por isso insistiu que “é urgente e prioritário” a adoção de “políticas facilitadoras de mobilidade de autores culturais para a sustentabilidade do multilateralismo na CPLP, contribuindo para a maior coesão, conhecimento mútuo e desenvolvimento económico dos povos no seio da comunidade”.

Segundo Isabel Abreu, as políticas também visam “a criação de um mercado comum ao nível da CPLP para implementar o intercâmbio” entre os diferentes atores, “o que contribui para a promoção, valorização e desenvolvimento tanto pessoal como cognitivo e económico”.

“Além de a cultura ser um elemento de união e pacificação e até de comunicação entre os mesmos, ela é cada vez mais utilizada para a criação de empresas e dinamização de atividades económicas capazes de garantir a produção de bens e serviços no quadro do mercado mundial”, sublinhou Isabel Abreu.

A ministra são-tomense considerou que “a economia criativa tornou-se muito mais intensa e dinâmica devido às novas tecnologias de informação e comunicação”, e que “as indústrias culturais e criativas são consideradas atualmente como um dos setores mais dinâmicos, envolvendo um grande volume económico e financeiro”.

O secretário executivo da CPLP sublinhou que “a cultura constitui um vetor de cooperação multilateral, estratégico incontornável pelo contributo direto e indireto que presta aos Estados membros” da CPLP e que a organização defende “a importância da cultura como um bem público global, essencial para fomentar a paz, favorecer a inclusão social e criar um ambiente propício à consolidação das sociedades democráticas e inclusivas”.

Segundo Zacarias da Costa, o lema da XIII reunião de ministros da Cultura da CPLP realizada hoje em São Tomé demonstra que a organização “tem procurado impulsionar de forma crescente e com passos sólidos a mobilidade de agentes e a circulação de bens culturais como dimensões essenciais de desenvolvimento das industrias culturais e criativas” dos Estados membros.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove países que compõem a CPLP.

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