O artista são-tomense, Kwame Sousa, inaugurou na sexta-feira, 31 de Maio, pela primeira vez em São Tomé a sua exposição de artes intitulada “The Empowerment of the black man”, que em português se lê, “O Empoderamento do Homem Negro”, que retrata momentos históricos e a situação da África perante o olhar do ocidente, e inclui uma homenagem ao líder africano, Patrice Lumumba.
O artista admitiu que a exposição “acaba por ferir a sensibilidade”, mas sublinhou é mesmo esta a sua intenção “tentar mostrar que já se fez muito em tempos passados e continua-se a fazer, mas a África continua quase que difusa”.
As obras foram pintadas em São Tomé em 2022, e já foram apresentadas em diversos países, nomeadamente, Portugal, Espanha, África do Sul e França.
“Era importante a exposição voltar ao local porque essas obras foram pintadas aqui, mas não foram mostradas aqui”, disse.
Kwame Sousa explicou as razões do tema escolhido para esta exposição que estará patente durante o mês de junho no Centro Cultural Português.
“Não é só uma exposição de pintura, é também um grito pela causa do nosso nacionalismo porque a África é um país inteiro”, precisou Sousa.
A abertura da exposição “The Empowerment of the black man”, ou seja, “O Empoderamento do Homem Negro”, arrastou dezenas de apreciadores da arte, artistas visuais nacionais, entidades governamentais e outras individualidades.
“É um trabalho conseguido e também com muita pujança, com muita expressão, é um quadro muito expressivo e que retrata a vida quotidiana da nossa gente, dos nossos hábitos e costumes, é algo muito interativo, porque na verdade a evolução do homem negro depende de cada um [e] isso é algo que tem a ver com princípios, meta e daquilo que quiser traçar para a sua vida futura ou na sua carreira artística”, disse o músico são-tomense, Guilherme Carvalho que esteve no local para presenciar a exposição.
Kwame Sousa pertence a terceira geração de artistas são-tomenses, sendo considerado um dos artistas visuais contemporâneos mais influentes internacionalmente.
Depois de São Tomé, a exposição será exibida em outros países africanos.