A atleta são-tomense, Gorete Semedo que representou São Tomé e Príncipe nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, tendo ficado pelo caminho alcançando o sexto lugar, apelou pelo apoio do Estado são-tomense, afirmando que até ao momento só conta com a ajuda do Comité Olímpico Nacional.
“Eu só tenho apoio do Comité Olímpico [porque] sou bolseira olímpica, os meus treinos, a minha alimentação, tudo é a base de bolsa olímpica, então, eu vim representar São Tomé e Príncipe, então eu quero apoio de São Tomé e Príncipe”, afirmou Gorete Semedo, ainda em Paris após a sua estreia nos jogos olímpicos.
Na competição a atleta são-tomense alcançou o primeiro lugar na Série 1, com o tempo de 11.44 segundos na prova dos 100 metros, mas ficou pelo caminho na segunda fase com a marca de sexto lugar na classificação geral.
“Para eu fazer melhor, eu preciso treinar melhor, preciso comer melhor e preciso estar a viver em melhores condições, então eu preciso de apoio de São Tomé e Príncipe para conseguir [melhores resultados] e para que nos próximos jogos olímpicos [possa] representar melhor do que foi agora”, disse a velocista são-tomense, aquando falava numa reportagem publicada na página do Comité Olímpico de São Tomé e Príncipe.
A atleta Gorete Semedo veste atualmente as corres de Atlético da Póvoa do Varzim de Portugal, e já passou pelo Benfica e Fátima. Aos 28 anos participou pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Paris.
Recentemente, a atleta participou na 23ª edição do Campeonato Africano de Atletismo, que decorreu em Douala, representando São Tomé e Príncipe nos 100m, onde atingiu a marca de 11.70 nas eliminatórias.
Gorete começou a treinar desde 2012, aos 16 anos em São Tomé e Príncipe e mesmo diante das dificuldades que enfrentava, com determinação e muita disciplina, encarou as dificuldades como um grande incentivo e tem conseguido representar o país em diversas competições nacionais e internacionais.
Em 2014, com a sua participação nos jogos da Lusofonia (CPLP) na Índia, passou a ser conhecida internacionalmente levando o bom nome de São Tomé e Príncipe ao mais alto nível.
Em 2019, a atleta emigrou para Portugal, beneficiando de uma bolsa olímpica no Centro Desportivo Nacional de Alto Rendimento de Jamor em Lisboa, mas foi no clube de Fátima onde foi considerada a melhor velocista dos 60, 100, 200 e 400 metros.