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Paciente aguarda há meses por oxigénio para ser transferida para Portugal por via aérea

Paciente

Uma mulher de 34 anos internada há cinco meses, recebeu junta médica há quase dois meses para ser transferida para tratamento em Portugal, mas até ao momento não saiu do país porque, segundo os familiares, as autoridades não providenciam o oxigénio necessário para a paciente durante o viagem.

A paciente chama-se Diamila Salvaterra, tem 34 anos, é mãe de 4 filhos e foi diagnosticada com uma doença chamada Fibrose Pulmonar.

Segundo uma das filhas, a paciente já tem junta médica e visto garantido, mas foram informados que não há avião equipado com sistema de oxigénio necessário para transportar a paciente.

Deram ela junta médica mesmo, já tem visto, já tem quarto que [ela] vai ficar lá em Portugal, até a ambulância que disseram para poder pagar, já pagamos, já fizemos tudo. Agora sempre quando chegam o dia [eles] dizem, que sábado a minha mãe vai sair e quando chega sábado dizem que a minha mãe não vai sair, depois agora que eles veem dizer que o avião não tem o oxigénio”, contou à RSTP, a filha mais velha, Juelma Santos, de 17 anos.

 “Ela precisa muito de oxigénio [mas] o avião não tem condições de levar botija que vão precisar bastante, depois eles colocaram uma sugestão que, se tiver o oxigénio para poder leva-la, vão ter que a levar para Gabão ou Guiné-Equatorial”, acrescentou Juelma Santos.

A situação também vem preocupando as pessoas próximas da Diamila Salvaterra.

Eles disseram que o oxigénio que dão ela aqui, não é [suficiente] para viajar, então eles estão a dar [a menina] voltas, que ela [a filha] está num sofrimento, porque é uma menina de 17 anos que nem tem uma outra família para acompanhar, eu vejo que essa menina está bem subcarregada com o processo da mãe”, disse uma das amigas próximas que não quis se identificar.

De acordo com as informações, já foram feitos vários contactos com intuito de buscar ajuda, mas ainda continuam sem respostas concretas, sobretudo das entidades governamentais.

No Hospital Central, a nossa equipa de reportagem tentou obter esclarecimentos junto a administração, mas foi orientada para falar com o diretor do gabinete de junta médica. No entanto, após várias horas não houve qualquer resposta.

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