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Paciente Diamila Salvaterra morreu em São Tomé após esperar meses pela “botija de oxigénio”

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A paciente Diamila Salvaterra, de 34 anos e mãe de 4 filhos, faleceu na tarde desta segunda-feira, no Hospital Central, onde esperava, por mais de dois meses, que as autoridades providenciassem a botija de oxigénio necessária para garantir a sua transferência por via aérea para tratamento médico em Portugal.

A informação foi confirmada à RSTP por um dos familiares da paciente.

Diamila Salvaterra estava internada há cinco meses, após ser diagnosticada com uma doença chamada Fibrose Pulmonar, tendo recebido uma junta médica há quase dois meses para ser transferida para tratamento em Portugal, mas não saiu do país porque, segundo os familiares, porque as autoridades não providenciaram o oxigénio necessário para a paciente durante a viagem.

De acordo com as informações obtidas pela RSTP, foram feitos vários contactos para arranjar uma solução, mas os familiares não tiveram quaisquer respostas concretas, sobretudo das entidades governamentais.

Na semana passada, o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, garantiu que o governo estava a “acompanhar com caráter de urgência” a situação da paciente Diamila Salvaterra, assegurando que a paciente não tinha sido transferida por causa de alterações de regulamentos impostos às companhias aéreas e que as autoridades nacionais ainda não tinham se adaptado.

Os familiares imputaram responsabilidades ao Governo pela demora na transferência da paciente para Portugal onde poderia ter recebido melhor acompanhamento médico.

“Depois de pressão o chefe de Governo de São Tomé e Príncipe orientou à ministra da Saúde para dar as diligências. Verdade que não fazia sentido estás diligências até porque a única saída seria um voo da TAP conforme eu já havia”, escreveu Danilo Salvaterra nas redes sociais

Na publicação feita no sábado, Salvaterra acusou a embaixada de São Tomé e Príncipe em Portugal de não ter dado as diligências necessárias para a paciente viajar no voo da TAP do último sábado,

“A embaixada não deve ter dado diligências ou não tem dinheiro para pagar a ambulância do aeroporto de Lisboa ao hospital. Liguei várias vezes para a responsável do sector, deixei mensagens, até porque havia tanta gente a querer ajudar. Nunca atendeu e nem fez questão de responder as mensagens. Que país é esse que nem as palavras do primeiro-ministro para assuntos tão simples é fiável!”, criticou Danilo Salvaterra.

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