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Bombas de combustíveis de São Tomé serão sancionadas por enganarem consumidores

A Direção de Regulação das Atividades Económicas acusou e prometeu sancionar quase dez postos de venda de combustíveis de São Tomé por lesarem consumidores com subtração irregular de combustíveis em valores acima de dois mil euros mensais.

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A constatação foi anunciada após a inspeção às bombas e outros pontos de venda na qual se concluiu que oito estabelecimentos tinham essa prática ilegal.

“A cada mil litros que a bomba vende, há um défice ao consumidor e ela fica com 20 a 60 litros de combustível […] quando falamos em 30 dias, estamo-nos a referir a um valor acima de 53 mil dobras [2.151 euros]”, denunciou o diretor da Direção de Regulação e Controlo das Atividades Económicas (DERCAE), Anísio Quintas.

Em declarações à RSTP, o responsável explicou que as irregularidades terão começado nos últimos seis meses, após a última fiscalização realizada em dezembro.

Verificamos em muitas bombas e em todos os distritos. É um valor avultado em défice relativamente ao cliente e que há necessidade de nós exigirmos correção dessas bombas”, disse Aníso Quintas.

Segundo o responsável, a DERCAE impôs o encerramento por mais de 24 horas de alguns postos de venda onde se verificaram “situações mais gravosas” e que não houve colaboração do proprietário.

“Todos esses postos que têm esses casos têm coimas avultadas porque tiveram benefícios em detrimento do cliente”, disse Anísio Quintas, adiantando que as coimas poderão rondar entre 20 a 200 mil dobras (813 a 8.119 euros).

Nas ruas de São Tomé, muitos taxistas e motoqueiros (mototáxi) mostraram-se surpreendidos com a denúncia.

“Agora muitos de nós queremos ir comprar o combustível com ‘bules’ [garrafas de plásticos] para ter certeza da quantidade”, disse à RSTP o taxista Quimilson Luís.

Face a situação, apelaram que sejam adotadas as sanções aos infratores.

“Tem que se resolver o mais rapidamente possível […], isso é crime e o nosso Governo tem que isso para pôr cobro seriamente”, defendeu o taxista Laurindo Eduardo.

Além disso, os automobilistas alertaram a DERCAE para a fiscalização e controlo da qualidade do combustível vendidos, sobretudo nos pontos mais informais do país.

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