O primeiro-ministro disse desconhecer o caso de uma menor de 16 anos que foi violada e asfixiada há cerca de três meses, alegadamente por vários abusadores, e está em estado vegetativo após ter ficado mais de dois meses em coma.
“Desconheço este caso, mas conheço muitos outros casos, eu diria de dificuldade e de sofrimento humano que acontece no hospital. Nós estamos por cima de todos os casos”, disse Patrice Trovoada quando interpelado pela imprensa à margem da celebração dos 49 anos da Polícia Nacional, na terça-feira.
“O primeiro-ministro não pode responder à cada caso, eu não sou diretor clínico, não sou médico, existe uma estrutura, eu como chefe do governo o que eu faço e o que tenho feito é insistir para que de facto se dê maior atenção sobretudo aos casos em que a vida está em perigo”, disse Patrice Trovoada.
Recentemente a mãe da menina, preocupada com a situação da saúde da filha e apelou publicamente por maior atenção e apoio para salvar a menina.
“Eu quero que senhor Patrice Trovoada me ajuda, para me dar uma junta [médica] para ela, porque ela quer viver, se ela decidiu sair de coma é porque ela quer viver”, clamou a mãe da menor durante o Podcast SOS Mulher, reforçando o pedido de ajuda para que a sua filha seja “evacuada” para tratamento médico em Portugal.
“Quem puder ajudar ou instituição que puder ajudar a menina, mesmo que seja evacuada ou que se puder trazer um especialista para acompanhar a menina, porque já é muito tempo que ela está ali sem termos uma resposta concreta e nós não sabemos se ela está a melhorar ou se está na mesma, porque ela sinceramente não mostra melhorias, o que avançou é que ela só abre os olhos”, reforçou a porta-voz do SOS Mulher, Edmara Trigueiros.
Até ao momento as autoridades não encontraram nenhum suspeito nem autor do crime.