O ator cultural são-tomense, Domingos Luís Martins de Almeida, conhecido artisticamente por “Priguito” foi o convidado na primeira edição do programa SUN GLEZA – KWÁ TELÁ, para falar sobre o Tchiloli, uma das principais manifestações culturais de São Tomé e Príncipe.
“Sun Priguito” como é muitas vezes chamado, é um dos atores antigos do tchiloli “Florentina de Caixão Grande”, tendo representado diversas personagens, principalmente o “Reinaldo”, e hoje atua tocando o apito e contribuindo para o progresso desta manifestação cultural no país.
Durante a conversa com o Sun Gleza, Priguito, como é conhecido, defendeu que os jovens devem aprender a tocar o apito (flauta), que considera ser o instrumento mais importante do Tchiloli.
“O começo do tchiloli é o apito, porque podem ter tambores ou chocalhos, mas se não tem o apito, o Tchiloli fica sem graça. Agora os jovens não querem aprender a tocar o apito, qual será a nossa vida?”, questionou o ator cultural, durante a estreia do programa “SUN GLEZA – KWÁ TELÁ” na RSTP.
Para Priguito o Tchiloli poderá desaparecer nos próximos anos se os jovens não aprenderem a tocar este instrumento.
O ator partilhou um pouco da história do tchiloli em São Tomé e Príncipe, e apelou por maior incentivo à juventude são-tomense para não deixar morrer a cultura nacional.
Tchiloli é um teatro popular emblemático são-tomense, baseado na peça quinhentista Tragédia do Marquês de Mântua e do Imperador Carlos Magno, escrita por volta de 1540 por Baltasar Dias (c.1515 – c.1580), um dramaturgo madeirense da escola de Gil Vicente (1465-1536).
Esta manifestação cultural está em processo de candidatura para património imaterial da humanidade.