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PR lança alerta aos militares: “Temos de rebelar contra certas coisas”

PR militares

O presidente da República Carlos Vila Nova, alertou aos militares que é preciso rebelar-se contra certas coisas quando querem fazer o bem, sublinhou a importância da “confiança entre quem comanda e quem é comandado” na estrutura militar e lamentou a ausência de políticas para o melhor aproveitamento do mar.

Temos de rebelar contra certas coisas quando queremos ou temos a vontade de fazer o bem. Senhor comandante [da guarda costeira], isso leva-me a refletir sobre a confiança na linha de comando, a confiança entre quem comanda e quem é comandado. A confiança entre o operacional e quem planeia e mantém a estrutura de apoio é fundamental na estrutura militar, pois, a linha de comando tem que ser vertical”, disse Carlos Vila Nova.

O chefe de Estado discursava durante a celebração dos 14 anos da Guarda Costeira, assinalados no domingo, em que participaram o primeiro-ministro e altas chefias militares.

Quem não aceita receber os pormenores ou conhecer os detalhes da sua função, provavelmente quer tudo e nem sempre quando queremos tudo teremos tudo. É preciso cuidado, porque conduz-nos ao desmazelo ou quando agimos para agradar pode nos conduzir a perda do respeito e a perda de respeito faz de nós seres desmazelados”, apontou o chefe de estado.

O chefe de Estado lamentou também a ausência de políticas para o melhor aproveitamento do mar, que tem uma extensão 160 maior que o território terrestre são-tomense e deixou vários recados.

“Parece que vivemos de costas para o mar […] temos estado de costa para o mar”, disse Carlos Vila Nova, apontando a necessidade de uma viragem direcionada para o mar e pedindo políticas para este setor.

“Viver direcionados para o mar significa definir uma política clara para o mar, ter uma estratégia nacional para o mar com objetivos e metas cujo cronograma e ações sejam transversais à toda a Nação são-tomense e nos conduz a todos às vantagens nele existentes e a nos protegermos de todos os riscos e ameaças que dele também podem advir”, defendeu Carlos Vila Nova.

Numa perspetiva contraria ao do Chefe de Estado, o primeiro-ministro considerou que “as coisas estão no bom sentido” graças a colaboração do parceiros internacionais e assegurou que o Governo tem uma visão para o setor marítimo.

“Penso que estamos a progredir […] é preciso ver que os desafios não são só de pirataria, de tráficos de seres humanos e de droga, [mas] temos também desafios ligados ao meio ambiente, daí que [em] São Tomé e Príncipe temos adotado uma política agora de preservação do aciano e precisamos de mais meios para poder garantir essa proteção do nosso aciano”, disse Patrice Trovoada.

A Guarda Costeira, foi institucionalizada há 14 anos e tem como uma das principais missões a proteção do mar de São Tomé e Príncipe.

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