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Médicos mantêm alerta de greve e avisam que persistem as carências no Sistema Nacional de Saúde

Médicos

O Sindicato dos Médicos de São Tomé e Príncipe revelou esta sexta-feira que continuam a persistir as carências no Sistema Nacional de Saúde, apesar de algumas aquisições de medicamentos e outras medidas de segurança adotadas pelo Governo, após a greve realizada em finais de outubro, por isso poderão voltar à greve em janeiro.

O país tem estado a receber pequenas quantidades de medicamentos e consumíveis por via aérea e que não cobrem as nossas necessidades, obrigando os médicos a continuarem a exercer a medicina sob stress constante na racionalização (poupança) dos medicamentos. Aguardamos pela promessa do governo e pela chegada de um lote de medicamentos e consumíveis por via marítima”, refere o comunicado, lido pela Secretária-geral do SIMED, Benvinda Vera Cruz.

Os meios de diagnósticos e seguranças nos estabelecimentos de saúde também foram outros assuntos apontados pela classe.

Os utentes do Sistema Nacional de Saúde sentem diariamente as dificuldades para realizar até hoje, quer o Raio X, quer a TAC. O Raio X está praticamente direcionado apenas aos doentes internados porque o serviço não tem como imprimir as imagens. A TAC também é realizada apenas para os doentes internados. Ambas as situações potenciam o registo de novos diagnósticos tardios de doenças e suas graves implicações. Não nos foi dado uma resposta cabal a esta situação”, afirmou a secretária-geral do SIMED no comunicado.

O Governo já garantiu a presença regular de segurança privada no serviço de Banco de Urgências do Hospital Ayres de Menezes. Deu orientações a Polícia Nacional para garantia de segurança nos distritos. Falta a garantia de segurança no serviço de maternidade do Hospital Ayres de Menezes”, acrescentou.

Perante a situação o sindicato não cancelou o aviso de greve, mas prolongou o período de suspensão até finais de Dezembro, com possibilidade de retomar a paralisação em janeiro de 2025.

Por estes motivos, sobretudo por persistirem as carências de medicamentos e consumíveis de que tanto precisa a nossa população, o Sindicato e os seus associados decidiram, manter suspensa a greve, conferindo mais tempo ao Governo para empenhar-se numa solução sustentável para a esta crise. O Sindicato reserva- se a liberdade e o seu direito de acionar uma nova paralisação dos serviços no mês de janeiro de 2025 caso a situação não seja resolvida”, concluiu Benvinda Vera Cruz.

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