O humorista são-tomense, Amador Fernandes conhecido por “Papa Flaskim” está de regresso a São Tomé e Príncipe após 6 anos no estrangeiro, e vai atuar num espetáculo de humor no sábado, 4 de janeiro, no Palácio dos Congressos, na capital são-tomense.
Em entrevista à RSTP, o humorista precisou que “este regresso promete trazer muita diversão e risos aos fãs” que têm saudades das suas atuações “cheias de carisma e talento”.
“Quando decidi vir para São Tomé, eu disse, olha tenho que organizar eventos de humor, porque sempre que pensei em organizar eventos, a minha mente é mais virada para eventos humorísticos, não foco muito em festivais com cantores, eu foco mesmo para pessoas saírem de casa e verem algo diferente, não algo que já estão habituados”, disse o humorista em entrevista à RSTP.
“Tanto é que este conselho já vem desde há muito tempo, porque foi o próprio público que me deixou este conselho, desde quando fazíamos ´Nós Por Cá`, que organizávamos shows na CACAU, a gala que organizámos no Palácio dos Congressos, o público sempre é que disse para não levar cantor, porque querem ir sentar no banco para ver algo que tem a ver com a comédia”, acrescentou,
O evento que vai acontecer no sábado, 4 de janeiro (Dia de Rei Amador), contará com atuação de outros nomes conhecidos no humor são-tomense, nomeadamente, Pindó, Saco de Boxe, Samila Daio,e o grupo de dança, Os Brigadeiros da Dança, segundo Flaskin para “iniciar o ano com pé direito”.
Relativamente aos jovens que têm surgido no mundo humorístico, “Flaskim” considerou que esta é uma boa iniciativa que vem engradecer, sobretudo a cultura são-tomense, mas apelou a consistência dos mesmos nesta área.
“A internet veio revolucionar muita coisa e tem surgido muitos humoristas e muitas pessoas que desenvolvem conteúdos humorísticos nas redes sociais, e isso é bom, só que a arte é uma coisa muito exigente, tu começas de um jeito e ela te exige ir mais à frente”, disse
“O que eu vejo nas redes socais é que a malta começa, só que quando [a arte] exige dar outro passo não conseguem, porque quando é para passar para o palco tem questão de projeção vocal, tem questão de projeção facial, movimentação no palco, são muitas coisas, porque encarar o público não é para todo mundo, as vezes as pessoas encaram o público e não vão mais além”, acrescentou Papa Flaskim, aconselhando “as pessoas que querem dar um salto maior no mundo da arte humorística” para apostarem num grupo do teatro de forma a desenvolver a sua capacidade.
Amador Fernandes “Papa Flaskim”, começou a fazer o teatro desde muito cedo na escola, indiciando com apresentações como declamação de poemas em que começou a ganhar destaque. Já participou também em grupo da da capela Nossa Senhora de Sim, de Água Porca, tendo atuado em várias atividades.
“Desde a infância eu tinha um fio cómico muito forte […] e depois houve um desenvolvimento quando Centro Cultural Brasil – São Tomé e Príncipe trouxe para São Tomé uma diretora do teatro que desenvolveu um programa no âmbito da formação do teatro normal e o teatro dos bonecos em que participei na formação”, contou o humorista que revelou que depois desta ação, decidiu criar um grupo teatral no país, o denominado “Os Criativos”.