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MCI-PS/PUN repudia demissão do Governo e pede “convocação imediata de eleição legislativa antecipada”

MCI

A coligação Movimento de Cidadãos Independentes-Partido Socialista/Partido de Unidade Nacional (MCI-PS/PUN), que tem acordo parlamentar com a ADI, demonstrou “profunda preocupação e repúdio” pela demissão do Governo, “sem qualquer razão válida que justifique tal decisão” e pediu “convocação imediata de eleição legislativa antecipada”.

“A coligação MCI-PS/PUN vem em nome dos valores democráticos que regem a nossa Nação, expressar profunda preocupação e repúdio a decisão de demissão do 18º Governo Constitucional […] sem qualquer razão válida que justifica tal decisão”, declarou o porta-voz da coligação MXI-PS/PUN, Adalberto Catambe, em conferência de imprensa na terça-feira.

O porta-voz do MCI-PS/PUN sublinhou que “o Governo [da ADI] que foi eleito com maioria absoluta carrega consigo um mandato legitimo de milhiares de cidadãos que depositaram nas urnas as suas esperanças e expetativas”.

“Face a gravidade do ato, a coligação MCI-PS/PUN exorta o Presidente da República a devolver o poder ao povo. Acreditamos que a única saída legítima para a crise política que se instalou neste momento é a convocação imediata de eleição legislativa antecipada, de forma a permitir que o povo, o verdadeiro soberano, decida o novo rumo da Nação”, sublinhou Adalberto Catambe.

Na segunda-feira, o Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova demitiu o Governo apontando “assinalável incapacidade” de solucionar os “inúmeros desafios” do país e “manifesta deslealdade institucional”, como se lê no decreto presidencial.

A isto, acrescentam-se, segundo o chefe de Estado, “períodos frequentes prolongados de ausência do primeiro-ministro (…) do território nacional sem que disso resultem ganhos visíveis para o Estado e para o povo são-tomenses” com “despesas injustificáveis para o erário público”, assinalou.

Carlos Vila Nova salientou ainda falta, por parte do primeiro-ministro, “de cooperação estratégica” e “manifesta deslealdade institucional”.

A ADI venceu, com maioria absoluta, as legislativas de 25 de setembro de 2022, com 30 deputados e tem um acordo de incidência parlamentar com a coligação Movimento de Cidadãos Independentes-Partido Socialista/Partido de Unidade Nacional (MCI-PS/PUN), que no atual contxto também quer a realização de eleições antecipadas.

Os partidos da oposição somam 20 deputados, respetivamente 18 do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP) e dois do Movimento Basta, que defenderam que a ADI deve indicar um novo primeiro-ministro evitando eleições antecipadas.

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