A embaixadora da União Europeia para Gabão e São Tomé e Príncipe, Cécilie Abadie garantiu que está otimista de que as negociações do acordo de pesca com São Tomé e Príncipe serão concluídas “rapidamente”, sem especificar uma data, uma vez que “há alguns pequenos pontos que ainda têm de ser discutidos”.
“É um sector que pode ser apoiado a longo prazo para que um dia o país possa explorar plenamente os seus recursos. Vai levar um pouco de tempo, mas acho que o acordo ainda é do melhor interesse de ambas as partes. Então, estamos prontos para continuar as discussões e tenho certeza de que as concluiremos muito rapidamente”, disse Cécilie Abadie.
A responsável, que falava após encontro com o primeiro-ministro Américo Ramos, admitiu que “já existe um bom entendimento sobre as questões que continuam por resolver”, a realçou que o acordo de pesca “continua a ser um bom exemplo de cooperação que beneficia ambas as partes”.
O último acordo de pesca entre São Tomé e Príncipe e a União Europeia terminou em dezembro passado, após um período de 5 anos. Um dos pontos em que ainda não houve consenso para o novo acordo, tem a ver com a duração da parceria.
O anterior governo defendia a redução do tempo de 5 para 3 anos, enquanto a União Europeia defende um contrato de longa duração.
“Para nós, um acordo leva tempo a ser votado primeiro através dos canais em Bruxelas, pelos Estados-Membros, por todos os intervenientes envolvidos, e depois o sector privado europeu tem de ser capaz de se projetar num horizonte temporal. É um setor intensivo em recursos, por isso um operador sempre prefere ter um horizonte mais longo do que um acordo de curta duração”, defendeu Abadie.
“E é precisamente porque negociar leva tempo que achamos importante ter um acordo que se estenda por vários anos, sabendo que mesmo quando um acordo se estende por vários anos, ambas as partes podem, a qualquer momento, renegociar termos ou quebrá-lo. Portanto, é verdade que somos a favor da maior duração possível”, completou a embaixadora.
Relativamente a situação política do país, a embaixadora da União Europeia preferiu não se pronunciar sobre o assunto, mas garantiu continuar a estreitar cooperação com o estado são-tomense em vários domínios, e independentemente do Governo.