Seis estudantes do Instituto Superior de Ciência da Saúde Victor Sá Machado da Universidade de São Tomé e Príncipe (USTP) viajaram no sábado para Portugal, onde irão passar seis meses no Instituto Politécnico de Castelo Branco, no âmbito do programa “Cooperação Mobilidade Internacional” entre a USTP e os seus parceiros internacionais para promover o intercâmbio académico e o enriquecimento do conhecimento da comunidade académica.
“É um intercâmbio em termos de conhecimento para elas poderem aprender, ver outras realidades, eles vão ter a possibilidade de ter aulas, tanto teórica como práticas, e é uma forma de haver intercâmbio e não só, mas para elas poderem pedagogicamente desenvolver também no outro ambiente”, disse a coordenadora Pedagógica do Instituto Superior de Ciência da Saúde Victor Sá Machado, Cosma Aguiar.
“Isso trará para elas na sua vida futura e profissional um maior empenho e melhor capacidade para poderem despenhar as suas atividades profissionais”, adiantou a coordenadora.
A vice-reitora da USTP considerou que esta oportunidade “acaba por ser ótima” uma vez que os alunos deste Pólo universitário através da “Cooperação Mobilidade Internacional” poderão ir ao exterior “aprender, seja ao nível da cultura e do próprio ensino”.
“A nossa ideia é dar alguma robustez, aquilo que os alunos já aprendem, portanto, a Universidade de São Tomé e Príncipe tem vários protocolos neste momento, mais protocolos com Portugal. As várias instituições do ensino superior portuguesas desde o norte ao sul do país, são os nossos parceiros”, afirmou a vice-reitora, Raquel Moreno.
“Neste caso, esta mobilidade tem a ver com o protocolo que desenvolvemos, juntamente com o Instituto Politécnico de Castelo Branco, que agora é um instituto universitário, em que as nossas alunas, seja das análises clínicas, como fisioterapia, vão para este instituto para aprender, portanto, estas mobilidades podem ser de estudos, para estágios, como também pode ser misto”, explicou a vice-reitora.
Para Raquel Moreno “essa mobilidade é interessante” uma vez que possibilita aos alunos da USTP a interagir cada vez mais com institutos que já existem há muito tempo e cuja robustez do ensino é maior”.
“Nós estamos muito contentes por poder apoiar os nossos alunos e a própria instituição neste processo de mobilidade”, disse.
A Universidade de São Tomé e Príncipe destacou ainda a importância da participação de jovens neste intercâmbio, com realce para a inclusão feminina neste processo.
“É verdade que há uma grande preocupação que as nossas jovens raparigas possam frequentar cada vez mais estes programas e com base nisso temos muitas raparigas que têm participado neste projeto, entretanto, os rapazes também são convidados e também têm ido”, precisou Moreno.
“Estamos a falar especificamente deste processo de mobilidade com Castelo Branco, mas temos outros imensos com Bragança, com a Universidade de Algarve e estamos a tentar cada vez mais alargar esta plataforma de internacionalização que tem a ver precisamente com o nosso plano estratégico para este quadriénio 2023-2027 para que nós criemos aqui maior robustez ao nível de internacionalização”, acrescentou a vice-reitora.
As estudantes expressaram as suas expectativas em relação à viagem, destacando a oportunidade de adquirir novos aprendizados que poderão ser aplicados no setor da saúde em São Tomé e Príncipe.
“O que nós todas esperamos é aprender novas coisas, para poder partilhar com as colegas que ficaram e poder melhorar o setor da saúde em São Tomé e Príncipe.”, disse Lusilvânia Conceição, uma das estudantes de fisioterapia.
“Espero que eu possa desenvolver pessoalmente e profissionalmente, assim eu vou poder ajudar e melhorar a minha área de atuação que é laboratório de análises clínicas, é uma área que precisa de novas metodologias e novas técnicas que possamos aplicar no nosso dia a dia”, disse a outra estudante, Juciline, da área de Análises Clínicas.