As federações são-tomenses consideram que o desporto em São Tomé e Príncipe encontra-se numa situação “bastante crítica”, por falta de infraestruturas e financiamentos, mas o ministro da saúde que também ocupa a pasta do desporto, prometeu trabalhar para melhorar a situação e massificar as atividades desportivas no país.
A preocupação tem sido levantada há vários anos pelos fazedores do desporto, e voltou a dominar um encontro convocado pelo governante, que se reuniu com os líderes das federações desportivas do país.
“O desporto [em São Tomé e Príncipe] está numa situação um bocado crítica, é preciso nós da federação de desporto unirmos e massificar a prática desportiva e também e também trabalhar na situação da prevenção no que diz respeito a saúde”, disse o presidente da Federação do Desporto Universitário, Yuri Baía.
A falta de infraestruturas tem sido um dos pesadelos para o crescimento do desporto no arquipélago na perspetiva das federações.
“Nós temos o parque popular que está fechado há um ano e tem o andebol, o futsal que está parado, então essa infraestrutura não está a ser bem utilizada e entre outras infraestruturas, como os pólos desportivos que se contruiu mais o pavimento e não está com boa qualidade, então é preciso nós vermos todas essas questões em conjunto para melhor alavancar o desporto”, defendeu Baía.
O presidente da Federação Santomense de Taekwondo, Eloy Boa Morte, também partilhou a mesma visão e foi mais longe.
“Estamos a falar de um país jovem, e o desporto não está ativamente na sociedade e eu acredito que muitos dos dirigentes acham que o desporto não é investimento, ou seja, não há receita, e eu pergunto, então não investimos para prevenir, mas nós temos muitos jovens hoje na delinquência, na droga e temos uma saúde pública com graves problemas, então não seria o deporto a solução para estes problemas?”, questionou líder da Federação de Taekwondo.
Para isso, o ministro da saúde que também ocupa a pasta do desporto, prometeu trabalhar para a massificação do desporto no país.
“Nós pretendemos um desporto mais massificado, para que o maior número de pessoas que praticam as atividades desportivas de uma forma mais regular. E quanto mais conseguimos engajar, pessoas para a prática do desporto teremos uma população mais saudável, ao mesmo tempo teremos maior possibilidade de detetar pessoas com talento para certas modalidades”, assegurou Celso Matos.
O ministro destacou ainda a importância de uma colaboração estreita entre o governo, as federações e os parceiros, para alavancar o desporto nas Ilhas de São Tomé e Príncipe.