Cerca de 32 escolas ao nível do país vão participar no campeonato escolar 2025, que vai decorrer entre os meses de abril e maio, com 6 modalidades, nomeadamente, voleibol, futsal, atletismo, xadrez, basquetebol e andebol, segundo o Coordenador do desporto escolar em São Tomé e Príncipe.
A iniciativa que tem sido realizada há vários anos, será organizada pelo Ministério da Educação, Cultura, Ciência e Ensino Superior através do Gabinete de Coordenação do desporto escolar.
“Decidimos implementar o andebol e o basquete agora por dois motivos, primeiro é que as próprias federações do andebol e do basquete, sentiram que no ano passado houve um impulso nas outras modalidades, então nos convidaram e disseram que gostariam de que essas modalidades fizessem parte dos jogos escolares 2025”, disse Jaylson Carvalho.
“Algumas escolas com o apoio do Ministério da Juventude e Desporto, nós conseguimos distribuir materiais de andebol e basquete nas escolas e já existe alguns clubes que já têm essas duas modalidades dentro da sua programação”, acrescentou.
Segundo Jaylson Carvalho, 32 escolas ao nível do país vão participar neste campeonato, sendo que 29, estarão presentes com a modalidade de futsal.
“Reconhecendo que o futsal por ser uma modalidade que tem aquela agitação nacional, as escolas podem não ter as melhores condições, como é o caso da escola de Chácara, que não tem lá um campo onde possa fazer o futsal das melhores condições […] juntando com a vontade dos alunos e dos professores, mais a bola que eles têm, e fazem treinos ali”, frisou Carvalho, sublinhado que a atividade também vai abranger a Ilha do Príncipe.
“Nós temos tido cautela de não ver apenas a Região Autónoma do Príncipe como um espaço afastado, como nós dizemos sempre, embora temos a separação territorial, não pode ser justificação, mas dado ao fraco recuso económico do país, nós temos feito isso de forma muito pontual e de forma cautelosa. No ano passado conseguimos manter a Região Autónoma do Príncipe com a modalidade de atletismo e este ano vamos dar seguimento, com a mesma modalidade e com o xadrez”, adiantou.
O responsável adiantou ainda que “está previsto a realização de atividades internas na RAP, das outras modalidades coletivas”, na qual também pretende aumentar o número de participantes.
“Não é facto de não poder vir a fazer uma competição entre São Tomé e a Ilha do Príncipe, que não haja o desporto nas escolas, inclusive, o desporto escolar não é só quando fazemos atividades desportivas, mas deve começar lá na escola, só o facto de o professor está a fazer um treino, a preparar a sua equipa, é o desporto escolar”, disse.
“Nós não podemos fazer eventos desportivos todo o ano, ou todos os meses, porque tem havido escolas que tem feito competições interescolar. No ano passado, o distrito de Lembá, conseguiu congregar todas as escolas desta região, e fizeram uma competição em que eles chamaram de encontro desportivo de Lembá, são iniciativas boas e nessa perspectiva que nós queremos ver que o desporto escolar não seja apenas as competições desportivas nacionais, mas que seja competições locais entre escolas, turmas e distritos”, ressaltou.
Em meados deste mês, a FIFA, através da Federação Santomense de Futebol (FSF) e em parceria com o Governo são-tomense lançou oficialmente o programa de futebol escolar em São Tomé e Príncipe para resgatar talentos e revitalizar o desporto escolar no arquipélago, visando ensinar as crianças, as atitudes do futebol e valores para a vida.
O programa da FIFA será implementado em escolas de todos os distritos do país, com ajuda de professores de educação física e treinadores de futebol, que foram capacitados durante dois dias sobre o futebol escolar, com aulas teóricas e práticas, no Instituto de Formação Profissional Brasil – São Tomé e Príncipe e campo do Riboque, respetivamente.