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Catarina Neto apresenta em São Tomé a primeira exposição individual intitulada “O Grito Mudo”

A artista plástica são-tomense, Catarina Neto apresentou a sua primeira exposição em São Tomé, intitulada “O Grito Mudo”, abordando temas como abuso sexual, violência verbal, agressões físicas e psicológicas, bem como os desafios enfrentados pelas mulheres são-tomenses na atualidade.

É o grito das mulheres que são vítimas e que não têm voz para gritar e dizer chega de agressões e violências“, disse Catarina Neto.

A artista viu por meio da arte o meio para manifestar a sua indignação e apelar ao ponto final destes fenómenos que têm afetado as mulheres são-tomenses.

Essa exposição surge de uma vontade já antiga, porque eu pinto já desde os meus seis anos […] os trabalhos todos surgiram desde a residência Duvangu em Gabão”, justificou a artista plástica.

Em 2024, foi selecionada para participar na Residência Duvangu em Libreville, cidade de Gabão. No mesmo ano participou da décima Bienal de Arte e Cultura de São Tomé e Príncipe.

Era um projeto para receber 30 artistas internacionais na antiga embaixada de França em Gabão”, precisou.

O projeto artístico que reuniu onze trabalhos de artes, foi inaugurado na Aliança Francesa de São Tomé. O artista plástico são-tomense, Emerson Quinda que também esteve presente na cerimónia, elogiou o trabalho da Catarina Neto, bem como da sua primeira exposição.

Acho a exposição magnífica […] Catarina Neto é uma das jovem artista [plástica] promessa de São Tomé, formamos na mesma escola, Atelier M”, referiu o artista plástico.

Trás à tona sentimentos bem pesados […] eu acho que a artista sem dúvidas conseguiu fazer isso”, salientou uma apreciadora da arte plástica, Lueje Branco D´Alva.

Nos últimos anos, a artista plástica tem explorado diferentes técnicas de pintura e buscando sempre a inovação, considerando-se uma artista versátil que tem como objetivo trabalhar em diversos temas ligados à sociedade.

Catarina Neto foi recentemente selecionada para integrar uma residência artística em França, entre abril e junho deste ano, reforçando o reconhecimento internacional do seu trabalho.

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