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Silva Cravid diz-se vítima de “linchamento político e profissional” por causa da Rosema

O presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Silva Gomes Cravid, que colocou o cargo à disposição, após denúncias de alegado abuso sexual de menores, afirmou hoje que está a ser vítima de “linchamento político e profissional” por causa de um novo requerimento apresentado ao STJ sobre o processo da cervejeira Rosema.

Tudo isso tem origem de um documento que entrou no Conselho Superior (de Magistratura) (…) pedindo ao Conselho Superior para que se mova um processo disciplinar contra alguns juízes do Tribunal Constitucional (…) por terem usurpado poderes do Tribunal Judicial e tirado a cervejeira (Rosema) de quem a detinha para entregar a outro grupo são-tomense”, relatou Silva Cravid, em conferência de imprensa.

Contrariamente a decisão do STJ, o Tribunal Constitucional retirou a cervejeira Rosema ao grupo do empresário angolano, Mello Xavier e entregou ao grupo dos empresários e políticos são-tomenses, conhecidos por irmãos Monteiro, cujo partido subscreveu, em conjunto com a ADI, um requerimento submetido a Assembleia Nacional para a destituição de Silva Cravid.

Isso é uma maquina integrada, (…) há um conjunto de pessoas a jogar pelo mesmo fim”, afirmou Silva Cravid.

O magistrado rejeitou as denúncias e acusações que têm sido feitas contra si sobre o alegado abuso sexual de menores.

Eu nunca, em toda a minha vida meti-me com uma menor (de idade). É um dos princípios meus que eu sempre tenho presente”, declarou, Silva Cravid, que falou publicamente pela primeira vez sobre o assunto que tem marcado a atualidade política nas últimas semanas em São Tomé e Príncipe.

O ainda presidente do Supremo Tribunal de Justiça considera que foi desencadeada uma campanha difamatória contra a sua pessoa.

O senhor Óscar Medeiros (jornalista correspondente da RDP África) pegou nas palavras de um bêbado, um senhor no estado ébrio que fez uma live na rede social e deu vida a essa informação (…) para tentar desgastar a minha imagem, para linchar-me profissionalmente”, disse o Juíz Silva Cravid.

O magistrado reiterou que suspendeu a função de presidente de Supremo Tribunal de Justiça e do Conselho Superior de Magistrados Judiciais, e avançou com a jubilação.
“Suspendi o exercício adjudicatória enquanto presidente do Supremo Conselho (Superior de Magistrados Judiciais) e também porque estou em condições, pedi a minha jubilação”, adiantou.

Manuel Silva Cravid também apresentou queixa-crime contra Augério Amado Vaz e o jornalista correspondente da RDP África, Óscar Medeiros, por difamação e calúnia.

No entanto, o CSMJ mandou abrir um inquérito para averiguar as denúncias contra Silva Cravid.

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