A jovem empreendedora são-tomense, Samila Daio, com mais de 20 mil seguidores no facebook e centenas de vídeos, alguns com mais de 45 mil visualizações, assumiu-se como uma ‘palaiê’ e criadora de conteúdos digitais de carris humorístico, rejeitando ser classificada como uma influencer digital.
“Eu não quero ser classificada como influencer digital, porque a palavra influencer tem um peso para mim enorme, porque quando ouves influencer, tu tens um peso na vida das pessoas, porque qualquer comportamento teu, pode influenciar alguém e isso é uma responsabilidade, por isso eu prefiro me resguardar e ser classificada como ‘palaiê‘”, disse Samila Daio em entrevista à RSTP, aquando da sua última estadia em São Tomé.
“Eu acho que são-tomense não entende o que significa influencer, porque influencer não é só ir para a praia e tirar foto de biquíni e postar, porque quando tu assumes ser uma influencer, tu tens que saber que estás a influenciar uma certa camada e, hoje as redes sociais, toda gente tem acesso”, acrescentou.
Samila conta que o seu lado humorístico vem por influência familiar, nomeadamente do seu pai, que apesar da personalidade séria, tinha um lado cómico e que as suas ações são marcadas pela espontaneidade.
“Eu desde pequena sempre fui chamada de maluca, que eu não tenho uma veia”, referiu.
A criadora de conteúdos conta que viu nas redes sociais uma oportunidade para mostrar um pouco de quem é e levar a felicidade para as pessoas, mostrando realidades através do humor e também uma oportunidade em alargar e divulgar os seus negócios, criando “publicidades humoristicas.
“O meu objetivo nas redes sociais é venda. A comédia já faz parte de mim [..] o meu objetivo nas redes sociais é vender, é trabalhar”, precisou a empreendedora que revelou que também já faz algumas receitas através da monetização de conteúdos pelo facebook.
Além da criação de conteúdos humorísticos na internet, Samila empreende desde pequena e no mundo dos negócios, conta que vê oportunidades para vender em todo o lado.
Durante a entrevista, onde não faltaram momento de humor e emoção, a jovem são-tomense, também partilhou histórias mais íntimas, sobretudo quando ainda jovem adotou um menino, entes de emigrar para portugal, onde reside atualmente.
“A história de eu e meu filho é uma história triste porque envolve um passado triste, eu na altura não tinha condições de assumir ninguém. […] mas o meu lado humano não me deixou ir para a casa e deixar essa criança de três anos na rua. Ele foi uma decisão que mudou muita coisa na minha vida.” desabafou.
Samila Daio reside em Portugal há 14 anos e, em janeiro deste ano participou num espetáculo de humor, promovido pelo humorista são-tomense, Papa Flaskim, onde partilhou palco com outros nomes conhecidos como Pindó e Sebá.
Atualmente, gere um restaurante em Portugal juntamente com a irmã, onde é confeccionado vários pratos típicos de São Tomé e Príncipe.