A advogada Celiza de Deus Lima renunciou ao cargo de Conselheira de Estado que vinha exercendo desde 2021, por escolha e nomeação do Presidente da República, Carlos Vila Nova.
A informação à RSTP, na terça-feira, pela própria advogada, que formalizou a renuncia na terça-feira, mas não quis revelar o motivo.
Celiza Deus Lima era a única mulher com assento no Conselho de Estado em outubro de 2021 juntamente com o médico e ex-ministro da Saúde, Fernando Silveira, e o empresário José Manuel dos Santos, todos escolhidos pelo Presidente da República. Atualemente, a prisidente da Assembleia Nacional, Celmira Sacramento passa a ser a única mulher no Conselho de Estado.
Na altura, a advogada, que foi a porta-voz dos empossados, demonstrou a expectativa de se “inaugurar uma nova era a nível do relacionamento do Conselho de Estado com o senhor Presidente da República”.
“Acabamos de ter um encontro com o senhor Presidente da República em que ele vincou precisamente esta ideia, deixou claro que pretende convocar o Conselho de Estado para as questões importantes do país e desmistificando assim, a essa ideia de que o Conselho de Estado só se reúne em casos de grave crise institucional, ou seja, para demitir Governos ou para dissolver Assembleias”, anunciou, Celiza Deus Lima, em outubro de 2021.
Os anos se passaram, mas o Conselho de Estado não “inaugurou a nova era”, tendo a penúltima reunião sido realizada em janeiro de 2025 para analisar a crise política entre o presidente da República e o ex-primeiro-ministro, que culminou com a demissão do Governo liderado pelo ex-primeiro-ministro Patrice Trovoada.
A última reunião do Conselho de Estado foi realizada em abril, para analisar a crise no setor da justiça, face às denuncias contra o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Silva Cravid, sendo nesta reunião que terá sido aprovado o primeiro regulamento deste órgão consultivo do chefe de Estado.