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São Tomé e Príncipe acolhe a II conferência sobre  “Meninas e Mulheres na Ciência”

São Tomé e Príncipe acolheu nesta segunda-feira a II conferência  da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa sobre “Meninas e Mulheres na Ciência” sob o lema “Promovendo uma ciência mais inclusiva, colaborativa e com impacto sustentável”, a fim de possibilitar uma educação mais acessível e justa à todos.

A conferência que teve lugar no auditório da Faculdade de Tecnologias e Ciências (FCT), da Universidade de São Tomé e Príncipe (USTP), nesta segunda-feira, 16, teve em vista uma maior promoção da igualdade no sector educacional.

“Temos vindo em muitos dos nossos países a dar passos importantes, mas ainda há um longo caminho para percorrer. Segundo a UNESCO, apenas cerca de 30% dos investigadores do mundo são mulheres, e este número reduz-se drasticamente nas áreas emergentes de inteligência artificial, das ciências de dados e da engenharia”, disse a ministra da Educação, Cultura, Ciência e Ensino Superior, Isabel Abreu.

Dada a impossibilidade e falta de acesso de muitas meninas e mulheres ao conhecimento, esta conferência, de acordo com a ministra, assume um “valor estratégico”, sendo não apenas um espaço de debate mas de “decisão, de articulação e de ação coletiva”, ressaltou.

A II conferência sobre “Meninas e Mulheres na Ciência” surge na urgência na elaboração de estruturas para livre acesso ao conhecimento, na criação de meios para que as questões de igualdade de género estejam presentes nas políticas públicas, proporcionando assim um maior desenvolvimento sustentável e da soberania científica dos estados-membros da CPLP. 

“Num mundo cada vez mais interligado, onde a ciência, a tecnologia e inovação desempenham um papel central no desenvolvimento sustentável, a igualdade de género deixa de ser apenas uma meta ética, passando a ser uma meta estratégica para o desenvolvimento das nossas sociedades”, sublinhou Isabel Júlio, secretariado executivo da  CPLP.

Isabel Júlio, frisou que esta conferência abrirá espaço para “reforçar redes, consolidar políticas e construir pontes concretas na promoção da equidade na ciência”.

No final da conferência de dois dias foi apresentada à Rede de Meninas e Mulheres na Ciência da CPLP, (REMUC) o seu estatuto e plano de ação que servirá para mobilizar parcerias, articular ações e monitorar resultados.

O mesmo foi aprovado e assinado pelas peritas presentes na cerimónia. 

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