A embaixada dos Estados Unidos da América em São Tomé e Príncipe, procedeu nesta terça-feira, 17, à entrega das Instalações da Agência dos Estados Unidos para os Meios de Comunicação Global (USAGM), antiga Voz da América, às autoridades são-tomenses, tendo como objetivo a transição dos meios utilizados na difusão das informações.
Após atuar por 35 anos em São Tomé e Príncipe, tendo contribuido na área da comunicação social, a Voz da América encerrou oficialmente os seus serviços no país, prosseguindo na utilização de outros meios de comunicação, como os medias sociais.
O ministro do Estado, Economia e Finanças, Gareth Guadalupe, endereçou seus agradecimentos ao governo norte-americano, o qual, segundo o ministro, soube “honrar os princípios da liberdade de imprensa” e sublinhou que esta ação não representa o fim, “mas a abertura de um novo capítulo de cooperação” entre estes dois países.
“Não é um fim. É antes a abertura de um capítulo da relação de cooperação entre São Tomé e Príncipe e Estados Unidos de América”, citou o ministro.
O ministro ressaltou a gratidão pela parceria do governo norte-americano, marcado pela presença da VOA no território nacional.
“Esta estação não foi apenas um espaço de transmissão. Foi um espaço de convivência, profissionalismo, de confiança mútua entre valores partilhados”, disse.
Desde 1976, que os Estados Unidos da América tem estabelecido uma relação com São Tomé e Príncipe. Uma relação na qual Noah Zaring, encarregado de Negócios dos Estados Unidos, diz ser construída com “valores democráticos partilhados, interesse mútuo e laços económicos”.
“Desde do início da década de 1990 o sinal de Voz da América transportava notícias, ideias, e os nossos valores partilhados para toda África. Por trás de cada transmissão estavam técnicos, jornalistas e pessoas de apoio. Muitos deles eram são-tomenses, cuja habilidade e dedicação manteve esta estação no ar”, citou o encarregado de Negócios dos Estados Unidos.
Num mundo globalizado, em constante evolução tecnológica e dos meios de comunicação, Noah Zaring, referiu que os laços humanos criados durante este período são “mais fortes do que qualquer torre de transmissão”.
As instalações da VOA, conta com uma área de mais de 50.000 metros quadrados, 5 geradores, dois tanques de combustível com cerca de 900 mil litros. A capacidade energética é de iluminação para uma cidade, um barco de petróleo, veículos utilitários, tratores, um caminhão de respostas a incêndios e um transmissor de onda média de 20 quilowatts.
O governo afirma que fará de tudo para dar o destino mais adequado a estas instalações que agora fazem parte do património público são-tomense.
“Estes bens passam agora a integrar ao património público nacional e o governo tudo fará para lhe dar o destino mais adequado em benefício do colectivo e em benefício do povo de São Tomé e Príncipe”, citou Gareth Guadalupe.
O ministro reafirmou o “empenho em continuar a trabalhar com os Estados Unidos da América” aprofundando em outros setores como educação, saúde, segurança e economia digital.
Os Estados Unidos da América reforçou o compromisso para com São Tomé e Príncipe na procedência da entrega destas instalações e garantiu que a relação entre ambos países perdurará.
“Os Estados Unidos reafirma o nosso compromisso com as instituições democráticas de São Tomé e Príncipe como o bem estar de todos cidadãos. Apesar deste capítulo está a se concluir a relação dos Estados Unidos com São Tomé e Príncipe perdurará”, explicou Noah Zaring.
O governo dos Estados Unidos da América reiterou o compromisso em continuar a transmitir as informações ao continente africano, concretamente em São Tomé e Príncipe por outras vias mediáticas, como no caso da internet e que a cooperação entre ambos países continuará ao mesmo nível noutros sectores.